DELIVERY SERVICE OF CORPSE # 1
Autores: Eijo Otsuka (roteiro) e Housui Yamazaki (desenhos).
Preço: R$ 12,90
Número de páginas: 208
Data de lançamento: Fevereiro de 2008
Sinopse Kurô Karatsu, estudante de uma universidade budista, não consegue arrumar emprego. Sem muita perspectiva, ele é convidado a participar de um grupo de voluntários.
Enquanto reza para os mortos, ele conhece outros estudantes na mesma situação. Além de desempregados, todos têm algo em comum, uma habilidade inusitada.
Kurô tem o poder de se comunicar com os mortos. Numata usa a radiestesia (habilidade de encontrar água por meio do uso de amuletos) para achar cadáveres. Makino é uma especialista em embalsamento, maquiagem e outras técnicas de conservação de corpos. Ao Sasaki tem conhecimentos avançados de anatomia. E Yata canaliza as vozes de espíritos espaciais por um fantoche.
O grupo, então, decide usar suas habilidades para ajudar os mortos a realizarem seus últimos desejos. Eles montam uma empresa e vão resolvendo todo o tipo de serviços: de vingar as vítimas de um assassino serial a ajudar uma velhinha que quer ser enterrada num cemitério antigo destinado aos anciãos.
Positivo/Negativo: Neste primeiro número, Delivery Service of Corpse, como não poderia deixar de ser, introduz os estranhos personagens e a proposta da história. O ponto de partida, a empresa que decide ajudar os mortos, é bastante original e por si só garante uma boa dose de humor negro.
Mas embora parta de uma proposta criativa, o roteiro acaba caindo em vários lugares-comuns dos mangás. Tanto na construção dos personagens, que não parecem ser muito mais do que tipos conhecidos em outras historias, quanto no enredo - assassino serial, pais abusivos, tudo parece ser interessante, porém não empolga.
Por possuir muitas referências à religião e à própria cultura japonesa, o mangá é recheado de notas explicativas que começam já no índice da edição.
A história que mais chama a atenção, por destoar das outras, é Pessoas Solitárias. Nela, a equipe deve levar o corpo de uma senhora para um antigo cemitério para anciãos. Pode-se ver um choque entre a cultura tradicional japonesa e o mundo moderno. O que é mais interessante que um agente de seguros que arranja a morte dos seus clientes para ficar com o dinheiro.
Os desenhos de Housui Yamazaki são adequados, mas, assim como o roteiro, não vão muito além do normal. Não comprometem e nem empolgam.
A edição da Conrad conta com uma sinopse na contracapa, o que é ótimo para os leitores saberem um pouco sobre o que estão comprando. A capa é um ponto alto do mangá. Estilizada, com tons sóbrios e neutros, e em papel reciclado. Ao menos por enquanto, é o melhor que a série ofereceu.
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