DEMOLIDOR # 25
Título: DEMOLIDOR # 25 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Leandro Fernandez (desenhos);
Demolidor versus Justiceiro - David Lapham (roteiro e desenhos);
Demolidor - Brian Michael Bendis (roteiro) e Alex Maleev (desenhos).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Fevereiro de 2006.
Sinopse: Demolidor - "No rosto, não". É assim que se inicia a aventura Era de Ouro - Parte II. Com rara presença de espírito, o herói da Cozinha do Inferno vive e revive o passado mais distante (anos 40 e 60), e o dia de ontem, para confundir memórias que trazem a vingança do velho mafioso Alexander Bont, mediante uma surra mortal do Gladiador e uma "inesperada" e nova investigação policial.
Demolidor versus Justiceiro - Meios e Fins - A luta entre o Demolidor e Castle, para estabelecer qual método deve ser aplicada quanto à ascensão do folclórico Cabeça de Martelo ao poder do submundo de Nova York, atinge a vida de um inseguro adolescente da cidade.
A mente do jovem é invadida por sonhos de poder e forças atribuídas à posse de uma arma de fogo. Alheio a este pequeno drama, o Demolidor, enquanto sai no braço com o Justiceiro, precisa ainda administrar a entrada em cena de um perigoso incendiário.
Justiceiro - Inferno Irlandês - Conclusão - A caça ao tesouro do velho Nesbitt chega ao fim. O cenário é um velho navio, no cais do porto de Nova York. E o que parecia ser a união entre as partes hostis revela-se um novo capítulo de violência entre personagens que representam os males da intolerância.
Para Castle, nada disso importa; o que vale mesmo é mandar pro inferno esta cambada de manés violentos e armados. Para Magnity, pelo menos, a "lição" não é dada apenas por Castle.
Positivo/Negativo: Em Demolidor, as páginas criadas por Maleev e Bendis são mais uma prova de que diversão combina perfeitamente com inteligência e ousadia artística.
O enredo, ainda que não seja um primor de originalidade, traz ao leitor velhos e novos personagens muito bem (re)elaborados para criar um interessante clima de suspense. Ótimo.
Em Demolidor versus Justiceiro, o leitor descobre o quanto um HQ pode ser antiecológica. Poucas vezes, esta linguagem produziu tamanho desperdício de papel e tinta. As nossas caras amigas, as árvores, mereciam um destino melhor. É ainda uma perda de tempo imperdoável ler uma HQ com péssimos desenhos, páginas de conjunto pobre e sem graça, personagens tão pífios quanto aqueles de telenovelas e, acima de tudo, um enredo de tal mediocridade que faz as dramatizações de exorcismo, que povoam a TV das madrugadas, parecerem interessantes.
É difícil entender que os editores da Marvel aprovaram tamanho lixo, que só piora a cada novo capítulo.
O desfecho de Inferno Irlandês é aquela divertida encenação de violência absurda que faz a fama de Ennis. Poucas vezes nos anais das HQs, uma mordida no rosto foi tão "sentida" pelos leitores.
Este resenhista confessa que esperava um destino menos "traumático" para o velhinho esquartejador batuta, mas, como se diz por aí, não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos.
No mais, a irônica peripécia final é, a despeito da previsibilidade, bem divertida.
Classificação: