DEMOLIDOR # 27
Título: DEMOLIDOR # 27 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Justiceiro - Garth Ennis (roteiro) e Dougie Braithwaite (desenhos);
Demolidor versus Justiceiro - David Lapham (roteiro e desenhos);
Demolidor - Brian Michael Bendis (roteiro) e Alex Maleev (desenhos).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Março de 2006
Sinopse: Demolidor - Era de Ouro - Parte IV - A agente federal Del Toro, parente do Tigre Branco, tem em mãos o amuleto responsável pelos superpoderes do herói citado.
Matt tem prazer de demonstrar, na prática, qual é a razão e o "barato" de ser um superser. A agente em questão sente o gosto do poder e, de certa forma, deixa-se levar pelos apelos de justiça que vem da rua, face às ações vingativas de Alexander Bont.
Demolidor versus Justiceiro - Meios e Fins - Passando dos Limites - No submundo do crime de Nova York, a cúpula da contravenção agita-se devido à prisão de Cabeça de Martelo.
À traição somam-se mais violência e as rixas de Demolidor e Justiceiro. Entre um soco aqui, uma rasteira acolá, e uma saraivada de tiros por cima de tudo, um inocente é alvejado pelo Justiceiro, e um adolescente deixa-se embaralhar ainda mais na teia da cultura do ódio.
Justiceiro - Mão Rússia - Parte Dois - Em território russo, Castle e o general Martin Vanheim, do Esquadrão Delta, bebem, batem quebram e alucinam para cumprir a ingrata missão de raptar um menina, que está no centro de uma série de experiências relacionadas à biogenética e armas biológicas.
E como se isso fosse pouco, uma suspeita aproximação entre militares norte-americanos e terroristas do Oriente Médio torna a situação ainda mais imprevisível.
Positivo/Negativo: A publicação continua sendo um primor de desequilíbrios: duas aventuras fantásticas e uma terceira que chega a ser "antiecológica".
A estrutura não-linear, com suas idas e vindas entre o passado e o presente, torna Demolidor - Era de Ouro parte de uma arco com presença garantida numa futura retrospectiva do Demolidor daqui a uns 20 anos. Guarde este gibi, pois, dentro de algum tempo, você poderá ostentar as edições brasileiras originais deste ótimo trabalho de Bendis e Maleev.
O outro deleite desta edição, como era esperado, é o Justiceiro. A razão é simples: intriga fantasiosa, exagerada e divertida sobre um dos perigos do extremismo. E o melhor, é bom ressaltar: extremismo é assustador seja ele do Ocidente ou do Oriente. A terceira parte promete muito.
Mas quando o Demolidor e o Justiceiro se unem... A história é indicada apenas àqueles que estão pensando em abandonar os quadrinhos. É tão ruim, que alguns leitores podem achar que se trata de um possível início de crise da linguagem artística chamada HQ.
Difícil não pensar que este gibi até seria mais barato se a Panini não incluísse tamanho lixo na forma de desenhos nada inspirados, diálogos dignos de um debate entre Lula, Severino Cavalcante e toda equipe do programa cult esportivo Mesa Redonda (das noites de domingo da paulistana TV Gazeta), sem falar no enredo "politicamente correto".
Sinta o drama desta tremenda bobagem, por esta frase: "Você não é nada, Frank. Nada além de um assassino barato!", dispara o Demolidor!
Apesar disso, Demolidor continua sendo uma das melhores revistas mensais da atualidade.
Classificação: