DEMOLIDOR # 31
Título: DEMOLIDOR # 31 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Demolidor - Brian Michael Bendis (roteiro), Alex Maleev (desenhos) e Dave Stewart (cores);
Pantera Negra - Reginald Hudlin(roteiro), John Romita Jr. (desenhos), Klaus Janson (arte-final), Dean White (cores);
Justiceiro - Garth Ennis (roteiro), Dougie Braithwaite (desenhos), Bill Reinhold (arte-final) e Raul Treviño (cores).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Agosto de 2006
Sinopse: Demolidor - Há um ano, o Demolidor derrotou Wilson Fisk e se autoproclamou o novo Rei da Cozinha do Inferno. Sua nova lei: andem na linha ou caiam fora. Como os moradores do bairro reagiriam a esta nova realidade?
Pantera Negra - É revelado o passado do Garra Sônica e sua ligação com o Pantera Negra.
Justiceiro - Conclusão do arco Mãe Rússia. O Justiceiro tenta escapar do silo russo de mísseis nucleares sem deixar pistas de quem está por trás de toda a operação.
Positivo/Negativo: A partir da premissa de mostrar as vidas de cidadãos comuns afetadas pelas decisões do Demolidor, Bendis dá outra mostra de criatividade e competência. Construiu um belo drama com ligação direta com um dos maiores clássicos do personagem: A Queda de Murdock (Reborn no original).
E fez isso sem desrespeitar a cronologia ou bagunçar a cabeça do leitor, apenas aprofunda alguns detalhes, dando uma dimensão ainda maior ao clássico. Detalhe: quem nunca leu A Queda de Murdock consegue entender perfeitamente o enredo. Quem leu vai se deliciar ainda mais com a referência.
O Demolidor não aparece em nenhum momento desta edição, apenas é mencionado pelos outros personagens e sua ausência não incomoda. Lembra até algumas histórias de The Spirit, do saudoso Will Eisner.
A equipe de arte continua caprichando. O espetacular jogo de luz e sombra de Maleev somado ao ritmo preciso, aos bons enquadramentos e ao belo trabalho de cor completam o pacote com perfeição. Vale destacar ainda a bela capa com o Demolidor segurando o título da história como se fosse uma tábua dos 10 mandamentos sobre um fundo roxo chapado.
Pantera Negra continua a toque de caixa, mas com uma sensível queda de qualidade neste número. O texto de Hudlin soa simplista em vários momentos e mostra uma Wakanda idealizada além da conta.
O escritor pelo menos está conseguindo recolocar o Garra Sônica como um vilão de respeito. O ponto alto, entretanto, continua com a equipe de arte.
Com Mãe Rússia, Garth Ennis comprova que realmente voltou à boa forma. O desfecho é dentro do esperado, mas o texto corrosivo e os diálogos bem trabalhados deixam a leitura deliciosa.
O protagonista não é tratado como um descerebrado atirando em quem aparecer pela frente, muito menos os russos apenas como o alvo imbecilizado da vez. Ennis conseguiu trabalhar com profundidade todos os lados envolvidos, fugindo da visão maniqueísta que poderia comprometer toda a história.
Além disso, o desenhista finalmente acertou a dose com as proporções da menina. Demorou!
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