DEMOLIDOR # 32
Título: DEMOLIDOR # 32 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Demolidor - Brian Michael Bendis (roteiro), Alex Maleev (desenhos), Dave Stewart (cores);
Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro), John Romita Jr. (desenhos), Klaus Janson (arte-final), Dean White (cores).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Setembro de 2006
Sinopse: Demolidor - No porão de uma igreja, um grupo de apoio da comunidade da Cozinha do Inferno reúne-se para discutir como as ações do Demolidor modificaram suas vidas.
Pantera Negra - O plano do Garra Sônica de tentar invadir Wakanda e derrubar o Pantera Negra finalmente é colocado em prática.
Positivo/Negativo: Bendis e Maleev continuam com sua boa fase no Demolidor. Na terceira parte do arco Decálogo, o roteirista joga uma pitada de terror sobrenatural à trama.
O resultado é perturbador e só não é perfeito por ficar uma sensação de que poderia ter acontecido muito mais nesta edição. A seqüência em que o Demolidor persegue um assassino serial se estende desnecessariamente por muitas páginas e soa como "encheção de lingüiça" pra completar a quantidade mensal de páginas do título.
Apesar disso, Bendis consegue deixar o leitor ansioso pelo próximo número com a ótima ponta solta no final.
O ótimo trabalho de Maleev com luz e sombras cai como uma luva de veludo para o tom sobrenatural do enredo. Entretanto, o desenhista também comete pequenos deslizes: as expressões faciais da esposa do assassino serial ficaram um pouco duras em alguns requadros. Não chega a comprometer a narrativa ou tirar o brilho das belas ilustrações, mas poderiam ter sido melhores.
Já em Pantera Negra, o roteirista também dá um toque de terror: é simplesmente assustador como a história piora a cada edição!
Se no último número o texto de Hudlin já se mostrava simplista, agora desanda de vez. Os diálogos são extremamente pobres e mal escritos (alguns chegam a ser constrangedores), as soluções são forçadas até mesmo para um gênero tão fantasioso como o de super-heróis e as piadas não poderiam ser mais manjadas.
Nem os desenhos de John Romita Jr. conseguem salvar essa história que ocupa dois terços do mix da revista.
Enquanto isso, o Justiceiro, em ótima fase desde que mudou para o selo MAX, fica de fora... E, pelo visto, não vai voltar ao mix do mês que vem. Difícil entender a cabeça dos editores que já chegaram a excluir até mesmo o carro-chefe da revista em uma edição recente (29).
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