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Reviews

DEMOLIDOR # 34

1 dezembro 2006


Título: DEMOLIDOR # 34 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Demolidor - Brian Michael Bendis (roteiro), Alex Maleev (desenhos) e Dave Stewart (cores);

Pantera Negra - Reginald Hudlin (roteiro), Trevor Hairsine (desenhos), John Dell (arte-final) e Dean White (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Novembro de 2006

Sinopse: Demolidor - Há cerca de um ano, Wilson Fisk foi derrubado do posto de Rei do Crime e preso pelo FBI. Entretanto, ainda não existem provas concretas contra seus crimes que possam levá-lo a julgamento.

Cansado da prisão, Fisk decide entregar toda a verdade sobre o Demolidor em troca de sua própria liberdade.

Pantera Negra - Dinastia M - O Pantera Negra, ao lado de Ororo Monroe, governa uma África em tempos de glória. O poderio econômico e militar do continente se torna um incômodo para a supremacia de Magneto sobre o planeta.

Positivo/Negativo: Começa aqui o último e eletrizante arco de histórias de Brian Bendis e Alex Maleev. A passagem da dupla pelo título, definitivamente, conseguiu tirar o Demolidor da sombra do trabalho de Frank Miller nos anos 80.

Em quatro anos à frente do título, eles provocaram uma quantidade enorme de reviravoltas que, em mãos menos habilidosas, se tornariam um fiasco capaz de sepultar o Demolidor. Derrubaram o Rei do Crime, o maior vilão do Homem sem Medo. Introduziram uma nova droga, o MGH (Mutant Growth Hormone), capaz de conceder poderes mutantes temporários aos seus usuários. Vazaram a identidade secreta do herói para a mídia e o casaram. Resgataram personagens obscuros como o Tigre Branco, o Punho de Ferro e até mesmo a Night Nurse. Além disso, fizeram Murdock se autoproclamar o novo Rei da Cozinha do Inferno.

Como se isso tudo não fosse o suficiente, realizaram experimentações como há muito tempo não se via em um título do mainstream norte-americano. Não foram poucos os arcos em que Bendis usou e abusou de narrativas não-lineares, flashbacks, tramas paralelas entre outros recursos narrativos sempre muito bem empregados.

Maleev e Dave Stewart não fizeram pro menos, volta e meia apareciam com um tratamento gráfico diferenciado para acompanhar e potencializar a qualidade dos roteiros.

O que eles poderiam fazer para superar tudo isso e fechar com chave de ouro sua passagem pelo título? Resposta: o retorno de Wilson Fisk - e em grande estilo.

Até agora, Murdock estava conseguindo lidar bem com o fato de sua identidade ter sido exposta por um tablóide, até mesmo sua popularidade aumentou. Mas a simples ameaça de Fisk abala todo o universo do personagem de forma espetacular, provando que ele ainda é a maior ameaça, mesmo estando preso pelo FBI.

Um ponto a ser destacado são os personagens de suporte: Milla, Elektra, Viúva Negra, Ben Urich, a agente Del Toro e Foggy Nelson estão muito bem trabalhados e rendem ótimas cenas.

A conclusão de O Dossiê Murdock promete demais. A revista só não recebe nota maior porque...

O Pantera Negra tem mais uma história dispensável e mal-escrita por Hudlin. A proposta de Dinastia M é a Feiticeira Escarlate ter alterado o mundo de forma que os heróis conseguiram tudo aquilo com o que sempre sonharam: o conflito entre humanos e mutantes foi superado, Magneto se tornou imperador desta nova utopia, o Homem-Aranha é popular, casado com Gwen Stacy, tem filhos e seu tio Ben não morreu.

Hudlin parece não ter entendido a proposta da Marvel, muito menos os personagens que enfia de qualquer jeito numa trama rasa e cheia de buracos.

Mercúrio apaixonado pela Tempestade? Na série de Bendis, o velocista é um dos poucos personagens cientes do que a Feiticeira Escarlate fez. De onde veio essa paixão pela Ororo?

O Pantera Negra e Tempestade viram inimigos mortais de Magneto (que aqui parece ter saído de um filme de quinta categoria). Eles não foram apresentados como aliados na minissérie principal? Apocalipse está vivo, governa o Egito e se deixa ser manipulado por Magneto da forma mais ridícula possível. Como assim?

A única idéia condizente apresentada por Hudlin é a de a África ter conseguido superar seus problemas e se tornado uma potência mundial. Fora isso, lixo em estado avançado de putrefação.

 

Classificação:

4,0

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