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DEMOLIDOR – A QUEDA DE MURDOCK

1 dezembro 2010

DEMOLIDOR - A QUEDA DE MURDOCK

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores: Frank Miller (roteiro), Davis Mazzucchelli (arte) e Christie Scheele e Richmond Lewis (cores).

Preço: R$ 60,00

Número de páginas: 216

Data de lançamento: Junho de 2010

 

Sinopse

Karen Page, o grande amor de Matt Murdock, é uma viciada em heroína. Em troca de uma dose, ela vende a identidade secreta do Demolidor.

A informação logo chega ao Rei do Crime, que dedica todos os seus esforços para derrubar Murdock ao ponto mais baixo que um ser humano pode chegar.

Positivo/Negativo

Matt Murdock tornou-se o Demolidor depois de passar por uma série de provações: a perda da visão, a morte do pai, o assassinato que cometeu por engano. E quase deixou de ser o protetor da Cozinha do Inferno graças a outra série de percalços.

Depois que Karen Page vendeu sua identidade secreta, o Rei do Crime se dedicou a acabar com tudo o que Murdock amava: seu emprego, sua casa, seus amigos. Mas não tirou sua vida. E esse foi o seu maior erro.

Talvez a maior história do Demolidor já escrita, A queda de Murdock é uma aventura de tirar o fôlego. Frank Miller estava em grande fase quando a escreveu. Intercalando pensamentos dos personagens com diálogos e narrações em off, ele cria uma fluidez narrativa tão intensa que é impossível parar de virar as páginas.

Interessante notar que, mesmo após tantos anos, a história continua poderosa. O modo de escrever representa elementos narrativos de outra época, como o tom quase poético das narrações em off, mas nem isso chega a ser um problema. Não existem recordatórios muito longos e nem diálogos bobos. Tudo se encaixa.

Mas uma grande história em quadrinhos é feita de texto e imagem. E quem providencia os desenhos é David Mazzucchelli, ganhador de três prêmios Eisner por sua obra autoral, Asterios Polyp. Ele é um grande narrador visual, que sabe utilizar o espaço das páginas para dar mais dramaticidade ao roteiro.

O leitor não encontrará páginas duplas explosivas ou personagens "saltando" do livro. Quando uma imagem ocupa uma página inteira é porque a cena é tão relevante que exige tratamento diferenciado. Além disso, Mazzucchelli é ótimo em desenhar expressões faciais e cenas de ação e sua diagramação dos quadros é inovadora e ousada.

Os extras do álbum incluem vários esboços de Mazzucchelli, as capas originais das revistas e dos encadernados, um prefácio e um posfácio.

O acabamento luxuoso do álbum é igual ao de O homem sem medo, também de Frank Miller. Capa dura, papel de luxo e vários extras tornam o encadernado um pouco caro, mas vale cada centavo.

E elogie-se o ótimo trabalho que a Panini tem feito ao resgatar essas histórias clássicas do mercado de super-heróis para novos (e antigos) leitores. Muitas haviam sido publicadas apenas em formatinho, pela Abril e realmente mereciam ser conhecidas pelas novas gerações.

Classificação:

4,0

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