Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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DEMOLIDOR: O HOMEM SEM MEDO

1 dezembro 2001

Demolidor - Adaptação do filme
Título: DEMOLIDOR: O HOMEM SEM MEDO (Panini
Comics
) - Adaptação oficial do filme

Autores: Bruce Jones (texto), Manuel Garcia (desenhos) e Scott Hanna (arte-final).

Data de lançamento: Março de 2003

Preço: R$ 5,50

Sinopse: O jovem Matt Murdock fica cego e ganha uma audição que funciona como radar.

Quando cresce, se torna um advogado respeitável e cheio de ética de dia, mas um justiceiro que se veste de diabo para caçar vilões à noite.

Certo dia, ele conhece Elektra, uma jovem treinada em artes marciais. Os dois se apaixonam, se amam, mas ela e seu pai estão ameaçados pelo Rei do Crime, um sujeito que domina o submundo de Nova York. E isso, com certeza, gerará muita confusão.

Positivo/Negativo: Por que diabos a humanidade ainda insiste em regurgitar os filmes que foram adaptados de quadrinhos de volta para seu formato original? Certo, pelo dinheiro de fãs, que querem uma memorabilia do longa-metragem. E talvez para atrair novos leitores.

Se é pela segunda opção, deveriam parar de fazer. Afinal, o resultado sempre é pavoroso, mesmo quando se tem bons times escalados para a tarefa. Bruce Jones, por exemplo, é um roteirista que costuma acertar. Mas é virtualmente impossível colocar duas horas de filme em 60 páginas.

Não há transição seqüencial entre os quadrinhos que resista à tarefa de contar tanto em tão poucos desenhos - e justamente aí está a mágica dos quadrinhos. Muitas vezes, esse tipo de obra sequer faz sentido para quem não viu a produção cinematográfica.

Demolidor não chega a esse ponto, mas passa bem perto. Ainda mais porque o filme já foi acusado de conter muita informação para sua hora e meia de duração.

Na revista, não há informações para se entender por que o pai de Matt é assassinado. Cenas absolutamente charmosas no filme, como o primeiro encontro com Elektra, tornam-se rápidas e bobas. As boas piadas do longa se perderam.

Alguém que conhecer o herói pelo filme e comprar os quadrinhos para experimentar, provavelmente, desistirá de vez dos gibis depois de um caça-níqueis desse tipo.

Seria mais válido usar os filmes assim como gancho para relançar clássicos de qualidade dos heróis.

Ainda assim, há de se avisar que há cenas nos quadrinhos que não estão no filme. Infelizmente, elas não fazem tanto sentido quanto poderiam, se tivessem sido bem narradas, com calma e espaço.

Classificação: - Eduardo Nasi

 

Classificação:

4,0

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