DEMOLIDOR - PAI # 1
Título: DEMOLIDOR - PAI # 1 (Panini
Comics) - Minissérie em três edições mensais
Autores: Joe Quesada (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Julho de 2006
Sinopse: Um acidente tomou a visão de Matt Murdock, ampliou seus outros sentidos e o transformou no Demolidor. O herói livrou a Cozinha do Inferno do crime, tornando seu bairro um lugar seguro para se viver. Mas será mesmo?
E qual a relação dos sangrentos ataques de um assassino serial com os pecados de "Batalhador" Murdock, o pai de Matt?
Positivo/Negativo: Quem acompanha o título mensal do Demolidor, escrito por Bendis, provavelmente não vai se impressionar muito com essa minissérie. Quesada até tenta trabalhar algumas idéias interessantes e tem bons momentos, mas, no geral, não mostra nada de novo.
Um dos conceitos mais interessantes é o do Demolidor dizendo que ser cego ajuda a não ter medo de se atirar de alturas gigantescas e fazer as outras coisas perigosas que faz quando está com o traje. Entre as idéias batidas está a piada um tanto sem graça sobre o Demolidor do cinema dormir em um tanque de isolamento.
A trama principal com o assassino "Johnny Orbitas" é muito parecida com histórias policiais clássicas como Do Inferno ou O Longo dia das Bruxas, usando o recurso de mostrar todos os personagens como suspeitos. Apesar de haver vários elementos interessantes, esse tipo de linha de raciocínio, se não for bem construída e se apoiar exclusivamente na surpresa do final, acaba ficando pobre.
A arte da revista, que deveria ser o ponto alto, causa um estranhamento. Joe Quesada voltou a ativa com um traço diferente. No geral, o desenho está bom, as cenas estão bem montadas, mas há uma certa discrepância no tamanho do herói. O autor parece claramente influenciado pelo trabalho de Frank Millar, mas ficou esquisito o Demolidor com ombros absurdamente largos, músculos gigantescos e, logo depois, Matt Murdock praticamente franzino.
Também é fácil notar uma ponta de preguiça do artista, trabalhando sempre com cenas amplas e repetindo a página dupla de Matt empurrando o cego.
Ainda assim, o visual é bacana, devido ao fantástico trabalho de cores de Isanove. Ele conseguiu dar um clima fantástico à história, principalmente aos flashbacks. Soube potencializar vários detalhes fazendo as imagens realmente valerem a pena.
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