Dicionário do Morcego
Autor: Sílvio Ribas.
Editora: Flama
Preço: R$ 35,00
Número de páginas: 272
Data de lançamento: Junho de 2005
Sinopse: Livro que, em cerca de 1.500 verbetes explora, de A a Z, o amplo universo do Batman, abrangendo tópicos que não se restringem apenas ao âmbito dos quadrinhos, mas atinge outras mídias, manifestações culturais e curiosidades a respeito do personagem.
Os verbetes foram classificados em dez assuntos: Brinquedos, Cinema, Curiosidades, Games, Livros, Música, Quadrinhos, Rádio, Teatro e TV.
Cada modalidade é identificada por um ícone que aparece antes de cada entrada para sinalizar a que tema pertence.
Positivo/Negativo: Responda rápido: qual é o nome do assassino dos pais de Bruce Wayne? OK, essa para os fãs, até é fácil: Joe Chill. E o nome verdadeiro do Pinguim? Oswald Chesterfield Cobblepot. Também acertou? Então, agora vai ficar mais difícil: qual era o nome do maquiador da famosa série do Batman para a TV dos anos 1960?
Essas e outras respostas, aliás muitas outras, estão compiladas nos quase 1.500 verbetes do Dicionário do Morcego, livro escrito pelo pesquisador mineiro Sílvio Ribas.
Os aficionados encontrarão desde itens óbvios como as biografias de Batman, Robin, Alfred e quase todos os vilões da série, dos mais famosos aos menos conhecidos, até a menção de que o personagem Charada, The Riddler no original, também chegou ser chamado de O Enigmista e A Esfinge, no Brasil.
O dicionário traz dados sobre personagens, artistas, roteiristas e editoras, em descrições sucintas, mas muito informativas. A obra, porém, não se limita aos quadrinhos e traz a ficha dos atores dos filmes e seriados do herói, bem como de compositores de trilhas sonoras e até dos dubladores em suas versões brasileiras.
Também não faltam verbetes sobre a presença do Batman em outras manifestações artísticas e até a utilização do personagem, nem sempre autorizada, em bonecos, quinquilharias e até em um quiosque de praia.
Nas páginas introdutórias, antes do dicionário em si, há alguns capítulos breves que fazem uma análise do herói através dos tempos, tentando contextualizar a sua importância nos meios de comunicação, além do depoimento do autor que, como não poderia deixar de ser, assume ser fã do Batman desde criancinha.
Ribas, que é jornalista com atuação destacada na imprensa econômica, coletou durante anos todo tipo de informação sobre seu personagem preferido. Baseado nesse acervo e em sua coleção particular de cerca de três mil volumes, entre gibis, álbuns e livros, só sobre o Batman e correlatos, é que escreveu seu dicionário, um exemplo notável de dedicação e paciência.
Por abarcar uma variedade de temas que vão além dos quadrinhos, o livro acaba sendo uma leitura que tende a agradar mesmo a quem não é fã do Batman, mas que tenha um mínimo de interesse por esse personagem, um dos mais poderosos símbolos da cultura pop.
Em termos gráficos, a concepção da obra segue o estilo dos dicionários tradicionais, com as três primeiras letras do verbete no canto da página, o que facilita muito a sua consulta.
A capa também merece um comentário, pois, em contraste ao estilo espalhafatoso da antiga série de TV, é muito bonita, discreta e elegante. Nela, Batman pode ser identificado de forma sutil, apenas pelo par de aberturas para os olhos de sua clássica máscara.
O grande defeito do dicionário, sem trocadilho, são as pequenas imagens que acompanham alguns dos verbetes, em tamanho tão reduzido que mal permitem identificar o que está sendo mostrado.
No diminuto formato de 1,4 cm x 1,4 cm, elas deixam de cumprir a função de uma ilustração, que é justamente o de esclarecer, de ajudar a enriquecer o que texto está informando. Mas, naturalmente, esse é um problema de projeto gráfico que não desmerece o impressionante trabalho de pesquisa empreendido pelo autor e que vale a pena ser lido, ainda que por mera curiosidade.
A propósito, o maquiador da série de TV era Ben Nye, está lá, na página 87.
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