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DISNEY VELHO OESTE

1 dezembro 2012

DISNEY VELHO OESTE

Editora: Abril - Edição especial

Autores: O tesouro de Serra Leoa - Bruno Sarda (roteiro) e Alessandro Gottardo (desenhos);

Os ladrões de gado - Abramo Barosso (argumento), Giampaolo Barosso (roteiro) e Marco Rota (desenhos);

Caçador de (pequenos) prêmios - Rodolfo Cimino (roteiro) e Giancarlo Gatti (desenhos);

O leite... rosa - Rodolfo Cimino (roteiro) e Francesc Bargadà Studio (desenhos);

Seguuura, peão! - Dave Rawson (roteiro) e Antoni Bancells Pujadas (desenhos);

Os papiros dos faraós da América - Guido Martina (roteiro) e Giovan Battista Carpi (desenhos);

As férias que mugem - Giuseppe Zironi (roteiro) e Massimiliano Calò (desenhos);

Era uma vez no Oeste... Donald e o fabuloso R. J. - Guido Martina (roteiro) e Guido Scala (desenhos).

Preço: R$ 16,00

Número de páginas: 304

Data de lançamento: Julho de 2012

 

Sinopse

Oito HQs inéditas da turma de Patópolis, apresentando o Velho Oeste como tema principal ou pano de fundo.

Positivo/Negativo

Alguém duvida que os italianos são os melhores criadores de HQs de faroeste? Até quando o assunto envolve humor com patos antropomorfizados eles produzem obras de qualidade, como as reunidas em Disney Velho Oeste (que mescla aventuras clássicas e contemporâneas até então inéditas no Brasil).

Na verdade, nenhuma das histórias desta edição acontece no antigo Oeste bravio norte-americano (exceção feita a um flashback do Tio Patinhas em Os papiros dos faraós da América), mas todas se desenvolvem na mesma região, nos tempos atuais, apenas revivendo os cenários, os costumes e a iconografia daquela época. No entanto, isso é o que basta para o leitor entrar no clima de uma boa comédia de western.

Os melhores momentos ficam por conta de Tio Patinhas em O tesouro de Serra Leoa - um épico de 50 páginas com muita ação e os desenhos dinâmicos de Alessandro Gottardo, cujo estilo gráfico lembra o de Giorgio Cavazzano -; Mickey e Horácio em As férias que mugem (a bela arte de Massimiliano Calò chama a atenção para os detalhes dos cenários e a expressividade dos personagens); Donald e sobrinhos na divertida Seguuura, peão!, única da edição que não foi produzida na Itália; e novamente o velho muquirana em Os papiros dos faraós da América, criada por dois artistas clássicos (Guido Martina e Giovan Battista Carpi) que dispensam comentários.

Os ladrões de gado, protagonizada por Mickey e Pateta e produzida no início da década de 1970, é a mais "bangue-bangue" do gibi e traz os desenhos de Marco Rota, aqui exibindo um traço muito diferente do estilo barksiano que o consagrou.

A edição fecha com Era uma vez no Oeste... Donald e o fabuloso R. J. (criada em 1977), que mantém o nível dos roteiros das demais HQs de Disney Velho Oeste, mas os desenhos de Guido Scala, com o perdão do trocadilho, têm problemas de escala com alguns personagens e chegam a constranger nos momentos em que os trigêmeos parecem ter a mesma altura dos tios.

Ainda nessa aventura, os partidários do politicamente correto vão se contorcer com o Tio Patinhas subornando um emissário da prefeitura em uma licitação pública - e todos os envolvidos encarando isso como uma prática normal - e a inusitada cena em que homens (e até mulheres com filhos no colo) "mandam ver" no uísque e caem bêbados e desfalecidos sob efeito da "água que passarinho não bebe".

Em toda a edição, essa talvez seja a HQ mais fiel ao Velho Oeste que todos conhecem.

Também vale registrar o belo acabamento gráfico da primeira e quarta capas cartonadas do gibi, com o título em textura dourada e alto relevo e alguns elementos da ilustração em verniz.

Do começo ao fim, Disney Velho Oeste é mesmo um tiro certeiro bem no meio de uma moeda de um dólar jogada para o alto.

 

Classificação:

4,0

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