Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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DK 2 (Dark Knight Strikes Again) #1

1 dezembro 2001

DK 2 - The Dark Knight Strikes Again #1Título: DK 2 (Dark Knight Strikes Again) #1 (DC Comics) - Minissérie em 3 partes (Inédito no Brasil)

Autores: Frank Miller (roteiro e arte) e Lynn Varley (cores)

Preço: US$ 7.95

Data de lançamento: Dezembro de 2001

Sinopse: A história se passa três anos após a morte aparente do Batman. Os Estados Unidos se transformaram num paraíso ou, nas palavras de Jimmy Olsen, "um estado policial fascista; governado pelo presidente Rickard, que é na verdade um fantoche digital de Lex Luthor".

É nesse ambiente que surge um elemento inesperado: Catgirl e seus batboys, que resgatam duas lendas antigas de seus respectivos cativeiros, o Átomo e Flash.

A ação de aventureiros mascarados vai despertar velhas rixas, obrigando o Super-Homem a se reunir com seus companheiros, Capitão Marvel e Mulher-Maravilha, o que resultará numa intervenção direta nos planos do único responsável possível: Batman.

Mas nada é simples. Super-Homem enfrentará o Flash, Átomo e até mesmo o Arqueiro Verde, antes de se deparar com o Cavaleiro das Trevas.

Positivo/Negativo: DK2 é o maior sucesso de vendas nos quadrinhos americanos em muitos anos. Uma década e meia depois do lançamento de Dark Knight Return, obra que imortalizou Frank Miller, ambos (obra e autor) estão de volta.

O anúncio de uma continuação gerou bastante polêmica, e isto se ampliou quando começaram a surgir os primeiros previews das artes desta série.

Mas vamos ao que interessa. DK 2 é uma boa história! Pelo menos neste primeiro volume. Miller continua sendo um mestre da narrativa e prende o leitor com uma trama que, ao contrário de Cavaleiro das Trevas, transcende o mundo tradicional do Batman.

É tudo mais global, envolvendo muitos outros personagens do Universo DC, como Brainiac, Lex Luthor, Questão e diversos membros da Liga da Justiça.

Mas nem tudo é perfeito neste retorno. A arte de Miller continua maravilhosa, mas passa, com freqüência, a impressão que seu traço ultrapassou os limites do "tradicional" desenho de super-heróis e está mais adequada a um trabalho pessoal. Os mais puristas certamente torcerão o nariz.

Talvez até por isso tenha vendido tanto. É diferente, e o leitor é incapaz de não se emocionar, seja a favor ou contra o desenho.

O colorido de Lynn Varley é, sem dúvida, o foco maior da polêmica. Acostumada a pintar os trabalhos do marido da maneira tradicional, esta é a primeira investida de Varley no colorido feito por computador. O resultado é, no mínimo, estranho.

As cores são fortes, vibrantes e até extravagantes. Varley usa e abusa dos efeitos de Photoshop, criando transparências e dégradés que, muitas vezes, não se limitam à arte, extrapolando as fronteiras do traço e invadindo outras áreas adjacentes. Numa primeira leitura, parece inclusive prejudicar a arte de Frank Miller.

Pensando friamente sobre o assunto, é impossível que uma colorista do gabarito de Lynn Varley fosse incapaz de aprender o que tantos artistas estão fazendo com a maior naturalidade. O que nos leva a uma outra possibilidade: que este efeito é deliberado e proposital.

Os leitores estão acostumados ao colorido bonitinho e tradicional das revistas de super-herói, seja ele estilo "retrô" (cores chapadas), tradicional (cores chapadas com dégradé, mas sem efeitos especiais) ou moderno (dégradés, brilhos, desfocados, efeitos de neon etc). Dá a impressão que ela decidiu explorar o inexplorado.

Lynn abusa do aerógrafo, dos efeitos, das cores. É desconcertante. Muito longe das pinceladas encorpadas de outros trabalhos. Possivelmente, a maioria odiará o resultado (do colorido). Outros, como eu, vão apenas lamentar que está ousadia experimental tenha ocorrido numa obra tão aguardada.

No geral, DK2 continua sendo leitura obrigatória!

Classificação:

4,0

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