Doce Jazz
Sinopse
Elisa acaba de desembarcar no Japão para viver a aventura da sua vida: morar sozinha em um país distante.
Sem saber falar japonês, ela descobrirá o poder da música para aproximar as pessoas.
Positivo/Negativo
Uma experiência pessoal serviu de base para a escrita do roteiro: Mylle Silva fez um intercâmbio no Japão durante seis meses. Na volta, após ter colecionado tantos momentos, sentiu a necessidade de contar essa história.
Elisa desembarca no Japão, passa pela experiência de morar em um país tão diferente e ainda consegue construir boas amizades – além de integrar uma banda de Jazz.
O roteiro funciona bem, porém é bastante conciso. O leitor poderia conhecer mais Elisa, entender melhor as relações que ela estabeleceu por meio da música, conhecer outros elementos dessa viagem, principalmente as diferenças culturais e dificuldades com o idioma.
Tendo isso em vista, vale o questionamento pela opção de um roteiro sem diálogos. A história se beneficiaria muito com textos, que iriam enriquecer o roteiro e poderiam tornar os personagens mais cativantes.
A narrativa, porém, é excepcional. Mesmo com a ausência do texto, a arte da Melissa Garabeli conduz o ritmo de leitura de maneira impecável, com páginas duplas lindíssimas, construídas de forma muito orgânica e leve. O traço, apenas com lápis e giz pastel, é bonito e possibilita que o leitor se afeiçoe pela protagonista.
Pelo olhar, os gestos e o jeitinho de Elisa, entende-se o quanto ela está feliz ou desconfortável nas situações. Uma belíssima arte, que faz o leitor revisitar a obra outras vezes, observando cada detalhe.
A edição foi impressa por meio de um financiamento coletivo no Catarse. Em formato 17 x 25cm, com capa cartonada e (bem) impresso em papel off-set 90g. Ainda traz material extra, com informações a respeito da viagem da roteirista ao Japão e fotografias usadas de referência para construção de cenários.
Classificação: