Dragon’s Dogma Progress – Volume 1
Editora: JBC – Edição Especial
Autor: Hirotoshi Hirano (roteiro e arte).
Preço: R$ 12,90
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Fevereiro de 2017
Sinopse
De tempos em tempos, um abominável dragão, conhecido como Grigori, surge para aterrorizar a região de Gransys, espalhando caos e destruição por todas as suas cidades e vilas. Somente um jovem de coração puro e espírito inabalável será capaz de derrotá-lo. Para ajudá-lo, unem-se a ele seres conhecidos como Peões.
A história transporta para os mangás um dos mais famosos jogos de videogame lançado pela Capcom.
Positivo/Negativo
Mais conhecida pelas franquias Street Fighter, Devil May Cry e Resident Evil, a desenvolvedora de jogos japonesa Capcom inovou, em 2012, ao lançar o RPG de Mundo Aberto Dragon’s Dogma.
Com um enredo aparentemente simples, raso e clichê, à medida que a trama vai evoluindo, as camadas da história vão se distinguindo, e Dragon´s Dogma ganha consistência (principalmente pelos pontos de virada sensacionais, revelando altos segredos e mostrando que as escolhas feitas na vida revelam o verdadeiro caráter do ser humano). Por isso foi eleito um dos melhores jogos de RPG da atualidade.
Como a aposta era alta, a Capcom lançou mão de outras mídias para promover o jogo, como quatro curtas animados (Dragon's Dogma Digital Comics, que podem ser vistos aqui) e um mangá (em dois volumes), chamado Dragon´s Dogma Progress.
A atualização do jogo, feita em 2013, batizada de Dragon’s Dogma Dark Arisen, e o lançamento desta para PC, em 2016, fez com que o game se mantivesse em evidência e proporcionou à editora JBC a oportunidade perfeita de lançar o mangá no Brasil.
Anunciado como um dos muitos títulos que a editora publicaria em 2016, Dragon’s Dogma Progress – Volume 1 sofreu um pequeno atraso, sendo lançando pelo selo Ink, somente no início de 2017.
A história começa com uma das quests do jogo, e vai apresentando os personagens e suas classes (batedor, mago e lutador), com destaque para a peculiaridade dos Peões, bem como os tipos de monstros e suas fraquezas, de forma bastante didática, demonstrando que a intenção da Capcom era fazer com que o leitor se ambientasse e, assim, adquirisse o jogo.
Esse didatismo todo, inclusive, chega a atrapalhar a narrativa, pois, além dos recordatórios, cansa um pouco ter os personagens explicando o que estão fazendo e por que o fazem, a cada combate.
E por falar nos combates, que são o grande trunfo de Dragon’s Dogma (apontado como um dos melhores e mais envolventes sistemas de combates já criados), o mangá dá outra escorregada ao mostrá-los de forma bastante apressada.
Por outro lado, Dragon’s Dogma Progress consegue enxugar, de forma precisamente concisa, a extensa trama do jogo. Isso é feito com a alteração da sequência original de algumas passagens, mexendo em um detalhe ou outro, apresentando personagens que terão papel fundamental no jogo (Duque Edmun, Mercedes, Quina), e inserindo outros de alívio cômico, como o repórter Klopp.
Mais um ponto forte é a arte, com destaque para o preciosismo com o qual todos os monstros e cenários são desenhados. Já os seres humanos e Peões, apesar de não terem rostos tão originais, também são bem feitos e expressivos.
Este primeiro volume traz o início da jornada do Arisen (traduzido como Mestre Desperto) Carroll e seus Peões (Elize, Fletcher, Stan e Roberto), que o ajudam em sua missão de treinamento para matar o dragão, pegar seu coração de volta e restituir a paz a Grasys.
Mas, antes, Carroll precisa saber mais sobre o dragão com o Duque Edmun, que se mantém recluso em seu palácio, situado na capital Gran Soren, porque dizem que no passado ele conseguiu matar um dragão semelhante.
A história avança até o primeiro pedido de socorro, dos inúmeros que chegarão a Gran Soren, e a turma de Carroll parte para a Floresta da Bruxa, com a missão de resgatar Quina e lutar contra o gigantesco Golem que habita a área.
Dragon’s Dogma Progress – Volume 1 rememora boa parte das emoções de quem já jogou Dragon’s Dogma, e cumpre seu papel como chamariz para aqueles que desconhecem o jogo.
As medidas do selo Ink, um pouco menores do que a tradicional (12 x 18 cm), não chegam a comprometer a qualidade do material.
Classificação:
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