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Reviews

Dragon’s Dogma Progress – Volume 2

17 novembro 2017

Dragon’s Dogma Progress – Volume 2Editora: JBC – Edição Especial

Autor: Hirotoshi Hirano (roteiro e arte).

Preço: R$ 12,90

Número de páginas: 240

Data de lançamento: Abril de 2017

Sinopse

No passado, Carroll teve sua vila destruída e seu coração arrancado do peito por um gigantesco dragão. O destemido guerreiro, então, renasce como o “Desperto”, cujo destino é derrotar a criatura mortífera.

Com seus Peões, Carroll segue enfrentando diversos monstros sombrios e grandes perigos em busca de seu algoz.

À medida que vai progredindo, novos Peões se apresentam, como Caroline, que comanda poderosas magias, e o Guerreiro Cassarno. E, assim, Carroll parte para a batalha final, para restaurar a paz no mundo e reaver seu coração.

Positivo/Negativo

A luta contra o Golem, iniciada no volume anterior, tem sua conclusão no capítulo de abertura desta edição de Dragon’s Dogma Progress, que segue mostrando – dentro de uma pegada bem didática – como os progressos na jornada de Carroll vão deixando-o mais forte, ágil e confiante, fazendo com que ele galgue por classes mais avançadas (chegando às híbridas), assim como seus Peões (que vão sendo substituídos à medida que monstros mais fortes aparecem).

Carroll também saberá, por meio de Madeleine, que os elementos “dropados” quando um monstro é morto servem para melhorar seu equipamento, forjando armas e armaduras mais potentes.

Personagens importantes continuam aparecendo, como Salomet, Julien e Selene (essa última, numa pequena e importante passagem, deixa uma pista de algo que somente se compreende ao término verdadeiro do jogo), e uma das escolhas que o Dragão Grigori dará a Carroll se revela num lamento do Duque Edmun.

As batalhas, as quais eram deveras rápidas no primeiro volume, aqui ganham certa robustez, mas continuam pecando pelo didatismo (explicando golpes, magias e pontos fracos dos adversários).

O destaque desta adaptação do jogo fica por conta da interação com os Peões, principalmente neste volume. No jogo, os Peões são apáticos, têm diálogos repetitivos e praticamente ostentam a mesma expressão em situações de perigo ou calmaria (só alteram o tom de voz e o padrão comportamental, os quais são definidos pelo jogador). Já no mangá, eles são mais próximos do “Desperto”, mais humanizados, vide Elize e Caroline.

O mangá também acerta em pontuar o desfecho da trama no fim do que seria a conclusão da segunda parte do jogo, sem revelar grandes spoilers e deixando um cliffhanger sedutor para o leitor vir a ser um jogador, embora a costura de diversas pequenas passagens da extensa história do jogo acabe forçando a barra em alguns momentos.

Este segundo volume comprova que o objetivo do mangá era mesmo fazer com que os leitores se familiarizassem com a trama, os personagens e os muitos desafios do jogo da Capcom, a ponto de querer comprá-lo.

Contudo, enxugar tanto uma história com vários níveis de camadas e pontos de virada bem trabalhados foi uma jogada arriscada.

Se por um lado atiça jogadores com pegada hack-and-slash (que gostam de sair no braço, em matanças sanguinolentas), por outro desperdiça a oportunidade de atrair quem procura por um RPG de imersão.

E o jogo Dragon’s Dogma consegue unir, de forma espetacular, pancadaria e profundidade narrativa, promovendo reflexões sobre até que ponto as escolhas que fazemos na vida são de fato livre-arbítrio, as leis do carma e a centelha de vida existente em “artefatos” (aqui, os Peões) criados só para servir ao ser humano.

Classificação:

3,0

.

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