DYLAN DOG # 2
Título: DYLAN DOG # 2 (Conrad
Editora) - Série em seis edições
Autores: Tiziano Sclavi (roteiro), Angelo Stano (desenhos) e Mike Mignola (capa).
Preço: R$ 4,50
Número de páginas: 96
b>Data de lançamento: Novembro de 2001
Sinopse: O Despertar dos Mortos-Vivos - O passo incerto, a mão gélida e uma insaciável fome de carne viva. Os mortos saem das tumbas para fazer sua visita. Sybil Browning escapa por um fio de seu marido defunto, e o único que pode ajudá-la é um bizarro detetive que toca clarinete e cultiva uma paixão por monstros e por mistérios. Seu nome é Dog, Dylan Dog.
O Detetive do Pesadelo e seu inseparável ajudante Groucho seguem os passos dos zumbis até a vila de Undead, onde encontrarão o mefistofélico Xabarás.
Positivo/Negativo: Eis uma daquelas histórias que nenhum fã quadrinhos pode deixar de ler. Primeiramente lançada no Brasil pela Record, no início da década de 1990, este clássico dos quadrinhos de horror foi mais tarde republicado aqui, em uma bela edição da Conrad.
A republicação tem razão de ser, pois esta é a primeira história do Detetive do Pesadelo, a que introduziu os leitores italianos (e brasileiros) ao universo de um personagem que revolucionaria os quadrinhos de seu país, chegando a, em determinado momento, a fazer o impensável: superar em vendas o inexorável Tex Willer, mais longevo herói dos gibis na "Velha Bota".
Aqui no Brasil, ao contrário, o pobre Dylan Dog teve que lutar muito para se manter em bancas, até o recente cancelamento pela Mythos, reafirmando, de certo modo, que cada HQ tem uma espécie ligação com a sua terra natal.
Não só por seu valor histórico, esta é uma edição memorável também pela alta qualidade da dupla Sclavi e Stano.
Logo no início há uma instigante e extremamente tensa seqüência de suspense, mas é só no que vem a seguir que se encontram os elementos essenciais das histórias de Dylan Dog. A cena é marcante: pela primeira vez (ou não, se você já conhece a obra dos Irmãos Marx) aparece Groucho, o louco ajudante do protagonista, disparando piadas sem parar.
Então, o leitor é guiado entre monstros bizarros e criaturas sobrenaturais, até um detetive franzino e excêntrico: Dylan Dog, o protagonista da história. E um grande protagonista, diga-se de passagem.
A partir já não é possível parar a leitura, devido à envolvente e divertidíssima narrativa de Tiziano Sclavi, misturando horror, humor, e o mais puro nonsense (que, em histórias posteriores, como Morgana, se transforma em surrealismo). O resultado é simplesmente genial.
A arte é impecável. Angelo Stano é um caso ímpar, pois é difícil um desenhista se identificar tão bem com um personagem. Dylan parece ter sido feito sob medida para o seu lápis. Ou seria o contrário?
Em suma, esta é uma edição recomendada para qualquer um que deseja uma boa história de terror, mesmo que não curta o gênero. E com um algo mais, que só Dylan Dog pode oferecer.
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