Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Dylan Dog e Martin Mysterè – Última Parada: Pesadelo

26 julho 2004

Dylan Dog e Martin Mysterè – Última Parada: PesadeloEditora: Editora Record - Edição Especial

Autores: Alfredo Castelli e Tiziano Sclavi (texto) e G. Freghieri (desenhos)

Preço: CR$ 1.700,00 (preço da época)

Número de páginas: 176

Data de lançamento: 1992

Sinopse

Os metrôs de Londres e Nova York transformaram-se em palco para as mais assustadoras manifestações sobrenaturais. As fronteiras entre o céu e o inferno tornaram-se tênues, o perigo está onde menos se espera.

Esta aventura, que revela ainda as origens de algumas características marcantes dos heróis Martin Mystère e Dylan Dog, conta porque para estes dois personagens tais fenômenos já eram esperados.

Positivo/Negativo

Há 14 anos, em plena era Collor (argh!), havia espaço no mercado nacional para uma HQ como esta. Uma aventura de um argumento muito interessante e intrincado, mas de roteiro mal desenvolvido.

A idéia, por si só, de colocar na mesma aventura dos personagens tão diversos já chama a atenção. O texto de Castelli e Sclavi transita pelo universo habitual de Dylan Dog, com sua combinação de lendas e fobias urbanas somadas ao mais manjado repertório de citações do cinema do terror gore (cujo um dos mestres incontestes é o talentoso diretor italiano Dario Argento), acrescendo as bem conhecidas referências à história e arqueologia que tanto fazem a alegria dos fãs de Martin Mystère.

Há aqui e ali ótimos momentos, como páginas inteiras inspiradas na obra do pintor holandês Hieronymos Bosch (1450-1516), ou mesmo a divertida cumplicidade entre Java e Groucho.

O mesmo, entretanto, não pode ser dito quanto ao "drama" no centro desta aventura, responsável tanto pelo primeiro contato entre DD e MM, como pela razão de um certa animosidade entre os dois personagens.

Como costuma acontecer em algumas publicações Bonelli, o fácil recurso do pieguismo quase põe tudo a perder. Felizmente, não consegue.

Mas o saldo final é pra lá de positivo, e este gibi, até onde se sabe, raro no eixo Rio-São Paulo, merece sim uma boa pesquisa nos sebos de sua cidade.

Classificação

4,5

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