Dylan Dog – La planète des morts
Editora: Panini Comics France – Edição especial
Autores: Angelo Stano, Alessandro Bilotta, Paola Barbato, Pasquale Ruju e Giovanni Gualdoni (roteiros) e Nicola Mari, Carmine Di Giandomenico e Roberto de Angelis (desenhos).
Preço: € 17,50
Número de páginas: 136
Data de lançamento: Abril de 2013
Sinopse
Edição francesa com quatro aventuras curtas de Dylan Dog.
La planète des morts – No futuro, em uma Londres tomada por zumbis, avanços tecnológicos tornaram possível explorar a força de trabalho farta e barata representada pelos mortos-vivos. Para o cansado e envelhecido Dylan Dog, os verdadeiros monstros têm algo a dizer e merecem ser ouvidos.
Videokiller – Dylan Dog investiga uma estranha e realística gravação de vídeo que conta a história de seu próprio assassinato.
Le magicien des affaires – Ethan Warwick é o jovem executivo de maior sucesso no competitivo e imprevisível mercado financeiro londrino. Às duras penas, Dylan Dog vai descobrir que chamá-lo de mago da Bolsa de Valores, infelizmente, não é exagero.
L’enfer sur la Terre – Quando se vê preso no trânsito de Londres, Dylan Dog descobre que a razão para ao engarrafamento é uma dolorosa invasão bélica à cidade, que envolve o caos entre o tempo e o espaço.
Positivo/Negativo
A Sergio Bonelli Editore e a Panini da França marcam um gol de placa com esta edição, que é tanto para neófitos, como para os iniciados. Além da qualidade física (papel couché, capa dura e bela impressão em cores), ela traz quatro boas aventuras do Detetive do Pesadelo.
Sem dó, a primeira história apresenta, logo de cara, uma homenagem ao primeiro quadrinho da edição de estreia de Dylan Dog: uma bela mulher foge de um zumbi. Em La planète des morts, prevalece a combinação de ironia e altos voos de imaginação. E há ainda uma muito bem utilizada citação de uma das grande obras da literatura distópica, 1984, de George Orwell.
Tudo fica ainda melhor com a história de suspense metalinguístico Videokiller. Sem qualquer exagero, esta aventura fatalmente levará o leitor, ao fim da leitura, a voltar ao começo para relê-la.
Como nem tudo são flores, a terceira história é... legal, mas apenas isso. Dylan Dog, em Le magicien des affaires, combate o monstro da semana, nada que não seja tão somente rotina para o personagem.
Por fim, a quarta aventura é daquelas que explicam o grande sucesso de Dylan Dog na Itália e a sua legião de fãs mundo afora. Em O L’enfer sur la Terre, o terror e a fantasia estão a serviço de uma reflexão bastante pertinente sobre o poder da indústria bélica.
A jornada do protagonista por uma Londres tomada, simultaneamente, por diferentes momentos da história da guerra na Europa combina lirismo, humor cáustico, certa dose de niilismo e uma hilária citação do filme Doctor Strangelove (1964), de Stanley Kubrick. O final pode parecer otimista demais, mas o “monólogo” final de Groucho está longe de ser piegas.
Ao terminar a leitura, é inevitável não pensar na falta que Dylan Dog faz no mercado brasileiro, tão carente de boas HQs de terror.
Classificação