Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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ELFQUEST #1

1 dezembro 2004


Autores: Wendy e Richard Pini (roteiro) e Wendy Pini (arte).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Julho de 2004

Sinopse: Uma tribo de elfos, liderada por Talho, se vê em constantes confrontos contra os humanos. Estes, com um medo irracional dos pequenos seres, colocam fogo na floresta para liquidar de vez seus inimigos.

Os elfos, quase sem escapatória, fogem entrando numa caverna, que é o lar dos trolls que, por sua vez, nada amigáveis, aceitam dar passagem a contragosto. Então, eles guiam toda a tribo para uma armadilha, soltando-os num grande deserto.

Sem escolha, os pequeninos tentam atravessar a imensidão de areia e, no final, têm uma grande surpresa, encontrando outro tribo de sua raça. Com medo da recepção, tomam a aldeia de assalto, roubando comida e raptando uma de suas habitantes.

O encontro provocará grandes surpresas para ambos os lados.

Positivo/Negativo: Elfquest é uma das primeiras revistas de quadrinhos independentes dos Estados Unidos, cuja publicação teve início em 1978. É uma bela série, e chegou a sair em cores e com diversos formatos, como edições encadernadas, inclusive com capa dura.

Como a saga foi adquirida pela DC Comics em 2003, enfim, os brasileiros têm a chance de conferi-la.

No entanto, alguns equívocos podem determinar o final precoce desta publicação. Primeiro, a parca divulgação do material. Fora alguns sites, nada foi informado por outras mídias.

E merecia uma melhor campanha publicitária. A saga criada pelo casal Pini foi uma das primeiras, nos EUA, a ter como boa fatia de seus compradores as mulheres. A explicação provável é a sensibilidade com que os autores tratam as personagens femininas e a maneira como expressam fortes sentimentos nas relações - amizade e amor, principalmente. E conseguem fazer isso sem, em momento algum, serem piegas.

Outro problema - ou melhor, uma dúvida: por ser um material alternativo, será que vai encontrar seu público em bancas? Talvez a melhor solução fosse a Mythos lançar edições encadernadas para livrarias.

Se, por um lado, a estratégia adotada possibilita a (boa) chance do leitor comprar sem pagar tão caro, por outro pode afastar seu possível público-alvo, que talvez não seja o das bancas, e, quem sabe, pagaria mais para ter um produto de maior qualidade nas mãos - no caso, em cores e com tamanho maior.

De qualquer modo, quem curte o gênero fantasia vai encontrar um pouco de tudo aqui - destaque para elfos e trolls no primeiro arco, mas novos seres vão surgir futuramente. E, no decorrer da trama, a autora cria todo um passado para os elfos, com direito a apresentação de aventuras de seus antecessores e da sua próxima geração.

Uma crítica para a adaptação do nome dos personagens. Enquanto alguns foram traduzidos (Talho, Batedor, Lanceiro, Tromba), outros permanecem com os originais, em inglês (Skywise, Treestump, Strongbow), o que fica um pouco estranho, de início, nessa panacéia lingüística.

A dica para o leitor é que vale a pena conhecer o simpático traço de Wendy, numa trama cheia de boas idéias.

Concluindo, Elfquest é um trabalho de fôlego. Esperemos sinceramente que vingue e tenha longa duração.

Classificação:

4,0

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