Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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A Espada Selvagem de Conan # 1

21 maio 2007

A Espada Selvagem de Conan # 1Editora: Editora Abril - Revista mensal

Autores: Roy Thomas (roteiro), John Buscema (desenhos) e Alfredo Alcala (arte-final).

Preço: CR$ 700,00 (preço da época)

Data de lançamento: abril de 1984

Sinopse

Em Os Espectros do Castelo Rubro, Conan enfrenta um cerco com a ajuda de um exército de mortos-vivos.

Positivo/Negativo

Esta publicação pode ser considerada uma das precursoras da linha de quadrinhos para adultos da Editora AbrilA Espada Selvagem de Conan tinha o formato maior, a arte em preto-e-branco e o roteiro ligeiramente mais denso, diferente das demais revistas da linha Marvel, coloridas e no formatinho.

Ou seja, não tinha, num primeiro momento, muitos atrativos para o público infantil em geral, mas agradava em cheio os leitores mais velhos. Por isso, todos que estavam acostumados a acompanhar as aventuras do cimério receberam com festa esta revista.

O capricho que a Abril dedicou começava pelas capas: quase todas eram espetaculares e algumas chegavam a ser verdadeiras obras da nona arte. Os artistas que as assinavam eram lendas do traço, como Boris Vallejo, Earl Norem, Ernie Chan, Joe Jusko e outros. O papel brilhante das capas ajudava a destacar esses trabalhos e o fosco do interior, ao contrário, contribuía para criar uma atmosfera sombria que, invariavelmente, era o tema das aventuras de Conan.

John Buscema marcou presença com sua arte (nesta e em várias outras edições) mostrando com o nanquim uma das razões pelas quais é considerado um dos maiores desenhistas norte-americanos. Seu traço refinado ficava ainda mais realçado quando arte-finalizado pelo filipino Alfredo Alcala, também presente.

Fechando o trio, o talentosíssimo Roy Thomas, outra figura constante na vida do bárbaro. Seus roteiros seguiam de perto os textos de Robert E. Howard, criador de Conan e de seu universo.

No início da revista havia as Crônicas da Nemédia, textos explicativos que situavam o leitor sobre as andanças do cimério e o contexto em que ele se encontrava naquele momento.

Como geralmente cada edição trazia uma história fechada, essa introdução ajudava leitores eventuais a entender o que estava se passando e dava informações preciosas para quem já acompanhava o bárbaro há algum tempo.

Completam este número de estréia uma matéria sobre os deuses Hiborianos de Howard e um pôster duplo do cimério. Aliás, várias edições também contavam com matérias adicionais e mini-pôsteres assinados por diversos artistas.

Evidente que ao longo da série (foram mais de 200 números só pela Abril) a revista teve seus altos e baixos, tanto no roteiro como nos desenhos. Pelo fato de não seguir uma cronologia muito rígida, alguns deslizes eram cometidos nas tramas. Houve ainda edições com arte mediana, quase sempre nas histórias secundárias da publicação.

Por fim, a revista nacional não seguia a ordem das edições norte-americanas, nem nas capas. Por exemplo: a história de estréia por aqui foi publicada no número 12 nos Estados Unidos. Mas nem isso comprometeu a obra como um todo.

Classificação

4,5

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