ETERNOS # 2
Título: ETERNOS # 2 (Panini
Comics) - Minissérie em quatro edições
Autores: Neil Gaiman (texto), John Romita Jr. (desenhos), Danny Miki, Tom Palmer (arte-final). Matt Hollingsworth e Paul Mounts (cores).
Preço: R$ 6,40
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Outubro de 2007
Sinopse: Recém-demitido de seu estágio, o estudante de Mark Curry conhece Sersi, uma garota que está organizando sua primeira festa: uma recepção na embaixada vorozheikana.
À primeira vista, tudo parece muito normal. Mas seres estranhos e poderes inexplicáveis começam a aparecer por todo o canto.
Positivo/Negativo: Ainda que não seja uma obra-prima, Eternos vem se firmando como um dos melhores materiais da Marvel publicados no Brasil este ano.
Seu grande mérito é não ter pontos altos nem baixos, e sim ser uma bem-sucedida soma de acertos editoriais. O resultado é uma HQ redonda, equilibrada, com uma narrativa fluida.
A escalação do time criativo é o primeiro lance preciso da editora. Gaiman é um mitólogo empenhado, como já mostrou em Sandman e em seus romances, mas também é um roteirista competentíssimo, que dá valor literário às falas dos personagens. Todo texto é esculpido com zelo: basta ver que há um volume bastante significativo de balões, mas isso não redunda em uma HQ verborrágica.
Já John Romita Jr. é um desenhista em seu vigoroso auge, um artista de linhas profundamente expressivas, capaz de exprimir tão bem o movimento que é quase possível enxergar o que se passa entre os quadros.
É difícil pensar em uma equipe mais eficiente para reviver um dos trabalhos míticos de Jack Kirby. Como o velho mestre, Gaiman é um poderoso criador de universos. E Romita é um narrador de nível superior.
Neste empolgante segundo número, a minissérie exprime ainda mais fortemente suas virtudes. Os poucos cenários e personagens do primeiro número se multiplicam. Além disso, há detalhes importantes que aparecem em segundo plano - tudo está lá, sutilmente, mas nada passa despercebido.
Para completar, Eternos está relacionada com outra minissérie, Guerra Civil. Mas até nisso dá um banho nas revistas de linha: a interligação com a história de Mark Millar é hábil, sem excessos e sem as enfadonhas repetições dos demais tie-ins.
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