ETERNOS # 3
Título: ETERNOS # 3 (Panini
Comics) - Minissérie em quatro edições
Autores: Neil Gaiman (texto), John Romita Jr. (desenhos), Danny Miki, Tom Palmer (arte-final) e Matt Hollingsworth (cores).
Preço: R$ 6,40
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Novembro de 2007
Sinopse: Mark Curry e Duende vão a um piquenique. É quando o rapaz descobre que, na verdade, é um Eterno que se chama Makkari, que vive uma relação ancestral de amor e brigas com Sersi.
A revelação traz, de lambujem, seus inimigos, como o Povo Mutável e o próprio Duende, responsável por implantar nos Eternos a ilusão da mortalidade, fazendo-os viver como humanos.
Positivo/Negativo: Ninguém precisa de provas de que Neil Gaiman é um autor excepcional quando se trata de criar grandes histórias a partir de mitologia. Afinal, ter Sandman no currículo é uma credencial ímpar.
Até agora, Eternos era uma ótima minissérie, apesar de Sandman. Se as histórias do Sonhar eram grandiosas, cheias de dramas milenares e símbolos imortais, esta recriação dos personagens clássicos de Jack Kirby era uma deliciosa e bem-humorada história de super-heróis.
Neste número, a situação começa a mudar. O cotidiano dá lugar à grandeza mística de seres cujo porte é tão magistral que Gaiman e o habilidoso John Romita Jr. mal conseguem dar conta de retratar.
A idéia rende a capa belíssima de Rick Berry, uma das melhores do ano - mesmo que ela só funcione depois de se ler a HQ até o final.
Mas, para o fluxo da minissérie, algo se perde. Não na qualidade intrínseca, porque texto e arte continuam eficientíssimos ao construir uma narrativa impecável. O problema é que falta carisma.
Fica difícil estabelecer uma identificação com algo que é maior do que a nossa própria compreensão - e que acaba representado como gigantes inertes e apáticos.
O resultado dessa alteração de rumo é que Gaiman acaba evocando uma comparação com sua própria obra-prima: Lorde Morpheus tinha uma grandeza inconcebível para os mortais. Mas, como todos nós, chorava pelas mulheres que amou.
E por quem mesmo os Eternos choram?
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