Título: ETHORA - A DONZELA DE FERRO # 2 (Editora Kanetsu)
- minissérie em cinco edições
Autores: Beth Kodama (roteiro), Karina Erica Horita (arte) e Elton Azuma (retículas).

Preço: R$ 3,90

Número de páginas: 32 (em preto-e-branco)

Data de lançamento: Julho de 2005

Sinopse: Uma figura misteriosa chega a Linkin Valley. Trata-se de Haye, uma paladina do senhor da justiça que cavalga sob a bandeira de Wan Palace, reino que impõe suas opinião na política dos outros por meio da projeção do medo. Mas quais são suas intenções?

Enquanto isso, Satine chega ao Reino dos Mortos. Sua única esperança pode ser o amigo Raposa, porém ele se encontra na prisão, depois de ter sido obrigado a participar das manipulações do sombrio mago Geezer.

Positivo/Negativo: Neste segundo capítulo da minissérie ambientada no universo fantástico de Ethora, a história flui melhor. Os acontecimentos se sucedem com bom ritmo e, de modo isolado, a compreensão é maior em relação ao primeiro número - é possível acompanhar a história sem necessidade de muito conhecimento sobre a ambientação.

Contudo, há um lapso de tempo muito grande em relação ao gancho deixado na última página da primeira parte, o que deixa o enredo geral da minissérie um tanto confuso: o Raposa é surpreendido pela princesa no quarto do rei e, em sua primeira aparição neste novo capítulo, já surge numa cela. Não se explica como foi parar lá e a princesa Duone nem sequer aparece nesta edição.

A arte de Erica Horita continua primorosa na maior parte das páginas. Mas a finalização a nanquim de algumas delas deixa a desejar. De todo modo, a desenhista se sai muito bem nas cenas em que o lápis predomina, o que compensa as falhas quando se pensa no capítulo como um todo.

Os textos do diário do rei, que novamente aparecem ao final da HQ, estão bem mais legíveis nesta edição impressos sobre um fundo claro. Eles representam um bom complemento à trama, pois fornecem detalhes sobre o universo de Ethora, embora não sejam particularmente necessários para a compreensão do presente capítulo. Talvez isso mude no futuro.

De modo geral, é nítida a evolução na revista. Ponto para a Kanetsu Press, editora que dá seus primeiros passos. Mas o maior mérito deste capítulo é deixar o leitor mais curioso sobre a continuidade da série, o que certamente não é pouco...

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