EX MACHINA – SÍMBOLO # 2
Título: EX MACHINA - SÍMBOLO # 2 (Pixel
Media) - Minissérie mensal em três edições
Autores: Brian K. Vaughan (texto), Tony Harris (desenhos) e Tom Feister (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Setembro de 2007
Sinopse: Sob a sombra do 11 de Setembro, o prefeito e super-herói Mitchell Hundred realiza um casamento entre um bombeiro e seu velho namorado, um ativista gay republicano.
Mas as atribulações de sua vida vão muito além: há terríveis assassinatos sendo cometidos no subsolo de Nova York.
Positivo/Negativo: Brian K. Vaughan é um autor que coleciona elogios nas séries por que passa. E olha que não são poucas. A lista inclui Fugitivos, Ultimate X-Men e Monstro do Pântano, entre outras.
Mas, apesar dos méritos, raramente consegue um resultado tão bom quanto o que se vê em duas de suas séries próprias: Y - O Último Homem (que teve dois volumes publicados aqui pela Opera Graphica, mas que está prometido pela Pixel para breve) e Ex Machina (cuja publicação começou em um volume da Panini).
O segundo número da minissérie da Pixel destaca um dos aspectos mais valiosos da série: a qualidade dos diálogos. Vaughan quase chega a dar voz aos personagens - eles falam como se fossem gente de verdade. As conversas são ricas, leves, divertidas e cheias de sentimentos. Ao mesmo tempo em que o texto se prolonga, o leitor percebe que cada balão tem um propósito narrativo bem definido, sem enrolação.
Um dos resultados mais palpáveis da habilidade do roteirista em escrever diálogos de alto nível é o carisma do prefeito Hundred, um personagem arguto, de respostas rápidas e espirituosas.
Neste número, há dois grandes exemplos da qualidade do texto de Vaughan: a coletiva de imprensa e a discussão com Suzanne.
Soma-se ao texto encantador a arte sofisticada de Tony Harris e Tom Feister, que conseguem criar um sentimento paradoxal de contemporaneidade retrô ao trabalhar junto com colorista ótimo J.D. Mettler.
A edição brasileira valoriza a arte por um bom trabalho gráfico, mas escorrega ao não dedicar um espaço aos créditos. Vaughan e Harris são mencionados na introdução, junto com os editores brasileiros, mas nem Feister nem Mettler são citados neste número.
Também ficam sem nota profissionais brasileiros como o responsável pelo letreiramento - o nome do tradutor André Gordirro consta ao menos na ficha catalográfica.
E cabe salientar ainda que a edição tinha lançamento previsto para agosto, mas saiu somente no fim de setembro. Embora não haja explicação na revista, o blog da Pixel explicou que mudou a periodicidade de quinzenal para mensal a pedido de leitores. É provável que o trabalho de fato já estivesse bem adiantado e, portanto, não houve tempo de incluir a informação.
Classificação: