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EX MACHINA – SÍMBOLO # 3

1 dezembro 2007


Título: EX MACHINA - SÍMBOLO # 3 (Pixel
Media
) - Minissérie mensal em três edições

Autores: Brian K. Vaughan (texto), Tony Harris (desenhos), Tom Feister (arte-final) e J.D. Mettler (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Outubro de 2007

Sinopse: Na conclusão de Símbolo, o prefeito Hundred descobre quem é a estranha criatura que invadiu seu apartamento. E ainda realiza o polêmico casamento gay.

A segunda metade da revista traz uma nova história, Favores da Sorte, em que o prefeito decide cumprir a lei e perseguir cartomantes e outros místicos que cobram por seus serviços.

Positivo/Negativo: O grande destaque desta edição não é a conclusão de Símbolo, arco em cinco partes que batiza a minissérie da Pixel, e sim Favores da Sorte, uma história fechada que ocupa a segunda metade da revista.

Isso porque não há nada demais no desfecho da trama principal: revela-se o vilão, mostra-se o polêmico casamento gay (que corre risco de ser anulado) e Hundred se acerta com a jornalista Suzanne. O roteiro não alça vôos mais ambiciosos e fica dentro do esperado.

Não chega a ser um problema: apesar de previsível, o último capítulo de Símbolo ainda tem os diálogos impecáveis de Vaughan e o desenho avassalador de Harris, o que garante uma posição bastante acima da média das HQs de super-heróis.

Outro fator que atrapalha o brilho de Símbolo é a própria Favores da Sorte, a melhor história de Ex Machina até aqui.

Para construí-la, Vaughan une dois elementos improváveis: o ego de Hundred e uma lei difícil de ser aplicada. Não é de hoje que o prefeito super-herói de Nova York tem agido como um prepotente engraçadinho que se acha capaz de tudo. Seu perfil é desafiador - ele parece não enxergar seus limites. É assim que acaba se metendo em uma área complexa: acabar com as picaretagens do misticismo.

É um assunto complicado: mesmo que não existam provas de sua existência, é difícil achar quem não acredite em mapa astral, horóscopo, tarô, bola de cristal, espíritos e outros artifícios que são explorados em consultórios de adivinhação. Em um mundo de crentes, é altamente provável que um ato contra as trevas seja efetivamente impopular.

Mas Hundred resolve desafiá-las. E num universo ficcional fantasioso em que um sujeito fala com máquinas, fica difícil de estabelecer os limites entre verdade e fé.

Mesmo assim, Vaughan corajosamente insiste na caça às bruxas. O resultado é devastador - e é assim que acaba ofuscando a própria minissérie principal.

É uma pena que a edição da Pixel tenha alguns problemas. O primeiro deles já vinha do número anterior: a ausência de créditos de autores da história. Exceto por Vaughan e Harris, citados no editorial, a revista não menciona o arte-finalista, o colorista e muito menos o letrista.

A intenção, parece, é deixar tudo pronto para encadernar o encalhe em uma nova edição - tanto que as páginas não têm numeração. Mas isso não impediria de repetir os créditos na capa interna da revista, dando uma prova de que a editora valoriza os compradores da primeira versão da história.

Afinal, se a idéia é apenas vender uma edição especial em fascículos, sem dar o tratamento adequado para que a revista seja de fato uma minissérie, talvez fique mais adequado e justo rever o formato e oferecer aos leitores álbuns já encadernados para serem pagos a prestação.

A revista também tem três errinhos. Na página 8 surgiram umas palavras soltas no meio dos quadrinhos. Na 11, uma nota diz que, em inglês, 100 se pronuncia Hundred, quando o certo seria "se escreve". Por fim, a 32 tem uma frase que está incompleta ou mal redigida: "Quando se coloca o seu cu na reta todo dia, passa a respeitar lances como karma".

Classificação:

4,0

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