FALCON ESPECIAL # 1
Título: FALCON ESPECIAL # 1 (Editora Três) - Edição
especial
Autores: Teresa Saidenberg (textos) e Antonino Homobono (desenhos).
Preço: Cr$ 12,00 (preço da época)
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Setembro de 1977
Sinopse: As garras do Abutre - O agente especial independente Falcon é capturado pelo vilão cientista Dr. Vultur, numa operação de seqüestro de um avião comercial e de seus passageiros.
Aprisionado numa ilha secreta, o herói consegue escapar dos prisioneiros hipnotizados que, sob o domínio de Vultur, agiam como soldados.
Encontrado por seus companheiros Vinicius Harpe e Comandante Julius Hawk, Falcon retorna com eles ao covil do vilão para desbaratar a operação criminosa e libertar os prisioneiros.
Luta selvagem - Uma expedição do professor Parrot desapareceu no Pantanal do Mato Grosso, e Falcon é destacado para procurá-la.
Apenas o professor e sua filha são encontrados, em estado de trauma após o ataque de índios. Para salvá-los, o herói terá que encarar muitos perigos, de cobras e onças a um guia inescrupuloso.
Positivo/Negativo Quem, com pelo menos uns 30 anos de idade, não se lembra do boneco Falcon, preferido por dez entre dez meninos brasileiros no final dos anos70?
O brinquedo chegou ao Brasil em 1977, iniciou um ciclo de estrondoso sucesso, e no mesmo ano ganhou um gibi pela Editora Três, produzido por artistas nacionais.
A partir desta edição especial (em formato magazine), um título mensal surgiu dois meses depois, mas que durou pouco.
O roteiro, escrito por Teresa Saidenberg (esposa de Ivan Saidenberg, um dos precursores das HQs de terror no Brasil e grande quadrinhista Disney), segue a linha das ingênuas primeiras aventuras cinematográficas de James Bond, o agente 007: vilões querendo dominar o mundo, bases secretas em ilhas inexpugnáveis, herói cheio de apetrechos mirabolantes que o auxiliam no combate ao crime internacional. O resultado é até divertido.
Mas o que estraga o gibi são os desenhos, que começam bem e vão se tornando muito ruins. As duas últimas páginas, por exemplo, têm quadrinhos que parecem sido feitos "nas coxas", tamanho o desleixo com que foram desenhados. Não têm nem ao menos cenário de fundo.
Outro ponto negativo é a colorização. As páginas alternam quadros monocromáticos com outros totalmente em branco.
A revista pode não ser um primor de qualidade editorial, mas sem dúvida tem seu valor histórico. Principalmente para quem vivenciou a época em que o boneco Falcon era o sonho de qualquer garoto ávido por fantasiar aventuras que se materializaram em cada uma dessas páginas.
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