FBP – Federal Bureau of Physics – Volume 1 – Paradigm Shift
Editora: Vertigo Comics – Edição especial
Autores: Simon Oliver (roteiro) e Robbi Rodriguez (arte) – Originalmente publicado em FBP # 1 a # 7.
Preço: US$ 9,99
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Março de 2014
Sinopse
A Agência Federal de Física (Federal Bureau of Physics) reúne a mais poderosa tecnologia do mundo na solução de anomalias das leis físicas. A série acompanha a história de Adam Hardy, um dos mais brilhantes agentes da organização.
Entre uma incursão a um universo compacto e criminosos com geradores de buraco de minhoca, Hardy tem de desvendar o bizarro desaparecimento de seu pai.
Positivo/Negativo
Esta série tem uma das mais simples, e ao mesmo tempo brilhantes, premissas dos últimos tempos: eventos bizarros que desafiam as leis da física ocorrem pelo mundo e cabe à organização FBP fazer as coisas voltarem ao normal.
Logo na primeira edição, uma belíssima arte de Rodriguez mostra a gravidade “parando de funcionar” e já apresenta o potencial da ideia.
E o fato de não ser preciso ser PhD em física para entender o que está acontecendo ou do que estão falando ajuda bastante.
Mas mesmo com uma ideia tão interessante, falta o grande fio condutor para a história e é aí que o material entra em um terreno arenoso, e Simon Oliver patina muito.
O enredo, infelizmente, é o ponto mais fraco. Os personagens não cativam (com raras exceções, como o analista Cícero) e as tramas que se desenvolvem são, na melhor das hipóteses, pouco inspiradas (o parceiro bacana que se revela um traidor trabalhando para uma organização com fins nefastos).
Além disso, devido ao curto tempo para que essas tramas se desenvolverem em meio ao verdadeiro espetáculo – a gravidade parando de funcionar e universos paralelos compactos surgindo em meio a cidades ou tornados quânticos – fica até parecendo que as coisas não foram devidamente planejadas.
Felizmente, Oliver melhora e traz mais massa para a mistura com o segundo arco, There's something about Rosa (Há algo sobre Rosa, em tradução livre), no qual apresenta a parceira substituta de Adam, após os eventos da saga inicial.
Rosa Reyes, a Rainwoman, é uma homenagem ao personagem de Dustin Hoffman no filme Rainman, de 1988, e com ela a história melhora bastante, de maneira a atiçar a curiosidade para o próximo encadernado.
Vale notar que a série (que tem desenhos e cores que saltam aos olhos, com excelentes panorâmicas e splash pages) foi lançada com o título Collider e posteriormente virou FBP, devido a uma ação legal movida por uma produtora europeia de quadrinhos, que já havia registrado o nome. Mas o título atual faz muito mais sentido com a trama e sua premissa.
FBP é uma série com enorme potencial. Só precisa achar seu tom, para ser uma leitura imperdível. Se seguir na pegada do segundo arco, não levará muito tempo.
Classificação