Autores: Flash - Mark Waid & Brian Augustyn (argumentos), Paul Pelettier (desenhos) e Vince Russel (arte-final);

Impulso - Mark Waid & Devin Grayson (argumentos), Graig Rousseau (desenhos) e Mike Sellers (arte-final).

Preço: R$ 9,90

Número de Páginas: 160

Data de lançamento: Janeiro de 2001

Sinopse: Para impedir que a profecia de Azul Cobalto (que diz que dois Flashes irão morrer) se concretize, o atual Flash pede a ajuda dos outros velocistas de sua época: Impulso, Jay Garrick (também conhecido como Joel Ciclone, o Flash "original", da Era de Ouro dos quadrinhos), Jesse Quick e Max Mercúrio.

Juntos, eles viajam ao futuro para avisar a todos os Flashes sobre o perigo, a fim de evitar que dois deles morram. Assim começa a saga em seis partes chamada Futuro Relâmpago.

Mas algo inesperado acontece durante sua jornada, e os heróis acabam se encontrando com Barry Allen, o maior de todos os Flashes (que morreu para salvar o mundo na saga Crise Nas Infinitas Terras), em pleno século XXX.

Assim, Barry passa a ser um dos alvos e, se morrer antes do tempo, pode condenar todo o universo à destruição. Ao final, surgem um inesperado vilão e um novo e misterioso Flash, cujas aventuras puderam ser acompanhadas na antiga revista mensal Superman, da Abril, em sua fase Premium.

Positivo/Negativo: Esta foi a primeira edição especial em formato Premium lançada pela Abril. Mexer com viagens temporais é um grande problema. Nas mãos de um escritor "meia-boca", pode causar grandes estragos aos personagens e à continuidade. Mas quando o roteirista é competente, torna-se uma arma para boas histórias.

Este especial (que pode ser achado em sebos) se encaixa no segundo exemplo. Mark Waid criou, ao longo de seu trabalho com o Flash, toda uma história (passada e futura) do herói.

Seus descendentes assumem o manto do corredor escarlate, formando uma imensa dinastia. E tudo isso é abordado nesta trama. A seqüência do encontro de Barry e Wally é ótima, e os diálogos entre os dois agradam aos velhos e novos leitores. Isso sem falar que, no final da história, os fãs da DC sentirão um gostinho especial ao reviver momentos históricos da saga Crise nas Infinitas Terras.

E é justamente por mexer tanto na cronologia que esta aventura é um pouco confusa para leitores que não sabem tanto da história do Universo DC. A edição ficaria perfeita se a Abril tivesse feito algumas matérias explicando o que foi a Crise, como Barry morreu e fatos passados importantes do Flash.

No lugar disso, acabou colocando um pequeno conto de natal do Impulso. Nada contra, pois a trama é divertida. Mas, na época, foi algo sem lógica, já que a revista não saiu em dezembro, como estava planejado. Assim, o tema ficou defasado.

Outro ponto negativo foi uma mancada de tradução, que o editor da época deixou passar: o antigo Campo da Velocidade foi rebatizado como Força da Aceleração neste especial.