FLASH & LANTERNA VERDE: DE VOLTA À ERA DE PRATA
Autores: Mark Waid e Tom Peyer (roteiro), Barry Kitson (arte e arte-final), Tom Grindberg (arte).
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Junho de 2004
Sinopse: São seis aventuras em que o Flash e Lanterna Verde da Era de Prata, respectivamente Barry Allen e Hal Jordan, se encontram.
Positivo/Negativo: Quanto mais o tempo passa, mais a Crise nas Infinitas Terras soa uma grande bobagem. Uma de suas mais famigeradas conseqüências foi relegar ao limbo 50 anos de quadrinhos. É verdade que tinha muito lixo lá, mas bastante coisa bacana também. Boa parte da história dos heróis também foi varrida para debaixo do tapete - dá a impressão de que os editores temiam encontrar contradições ali.
Superman e Mulher-Maravilha tiveram toda sua história recontada, o que já não foi o caso de outro personagem da primeira linha: Batman. Flash e Lanterna Verde tiveram que se contentar com um passado fantasma: as pessoas sabiam que eles não tinham surgido de um dia pro outro, contudo, não tinham como saber se o que estava nas histórias pré-Crise realmente valia.
Aos poucos, alguns especiais foram criados para preencher esses buracos. Se, num primeiro momento, eram HQs com mais jeito de enciclopédia que de história, com o afastamento do calor da Crise as coisas foram se ajustando.
Hoje, o passado desses heróis é um vasto campo de criação. No caso de Barry Allen, todo o seu fabulário é pré-Crise, ou seja, está disponível para ser revisado.
É o que Waid e Peyer fizeram nessa série deliciosa encadernada pela Mythos.
A dupla de roteiristas lida com a dupla de heróis com leveza e uma certa carga de inocência, tentando atualizar o clima dos anos 70. Kitson, bem mais que Grindberg, é o desenhista ideal para isso, embora peque um pouco pela delicadeza em excesso, que não atribui maldade aos vilões nem quando é necessário.
A participação de Jay Garrick (o primeiro Flash), Alan Scott (o Lanterna original), Kid Flash e Arqueiro Verde é incrivelmente bem articulada, mostrando como a química entre os heróis é importante num panteão como o da DC.
A edição bonita, com as capas originais no miolo, e a retomada do formato americano para a DC são pontos que contam para a Mythos.
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