FRAUZIO # 1
Título: FRAUZIO # 1 (Editora Escala) - Revista mensal
Autores: Marcatti (texto e desenhos)
Preço: R$ 1,00
Data de lançamento: Julho de 2001
Sinopse: Frauzio era um nerd que adorava documentários sobre anatomia e vivia se masturbando, ao olhar pelos buracos da parede de sua casa, as suas deliciosas vizinhas Gisleine e Gislaine.
Um dia, descobre que as duas, que jamais lhe deram bola, adoravam visitar galerias de arte. Num golpe do destino, tornou-se um artista renomado, fazendo quadros nojentos, batizados como "arte viva", usando como matéria-prima os restos de comida da boca de Gilfanilde, a pedicure de sua avó, com quem acaba se casando.
As obras de Frauzio transbordavam em vida, volume, cheiro e sabor. Literalmente! E isso o levou a reencontrar as mulatas maravilhosas Gisleine e Gislaine. Mas será que, desta vez, ele conseguirá realizar o sonho de "bimbar" com a duas?
Positivo/Negativo: O estilo escrachado de Marcatti está de volta. Nome mais famoso do underground nacional, ele ficou bastante tempo afastado dos quadrinhos, até ter o livro Restolhada editado, em 2000, pela Opera Graphica, e agora retornar com Frauzio.
Se você tem problemas com HQs "nojentas" fique longe dos seus quadrinhos. Marcatti abusa da escatologia em suas páginas. Não espere conteúdo de suas histórias. Ele as faz apenas por diversão. Mas não para chocar ninguém. Este é o seu estilo! Há os que curtem e os que odeiam. Não creio que haja um meio-termo.
Em Frauzio, ele mostra ainda estar "em forma", mas não faz piadas escancaradas usando sexo (algo que ele usava com freqüência em suas HQs independentes). Talvez por estar sendo, pela primeira vez, sob o selo de uma editora e, principalmente, pelo fato de a revista ser classificada como "desaconselhável para menores de 12 anos".
No final da revista há uma matéria legal, onde Marcatti fala sobre a influência que o americano Gilbert Shelton (de Freak Brothers) exerceu sobre o seu trabalho.
Apesar de os quadrinhos de Marcatti serem para um público bem específico, é bom tê-lo produzindo novamente. Ah, e não se pode esquecer o fato de a revista custar apenas R$ 1,00, mesmo sendo impressa num papel de boa qualidade e colorida.
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