O segundo volume de Freezing se liberta das amarras de ter de explicar o mundo da história e parte para a pancadaria desenfreada.

Enquanto Ingrid e Satellizer duelam, o leitor é apresentado à história da veterana, do motivo da sua obsessão por regras. Neste volume, em um flashback, aparece também o primeiro confronto com um Nova, um dos vilões da série.

Interessante notar que a hierarquia, aqui escolar e militar, é extremamente importante. O tempo todos os alunos mais velhos são chamados de "veteranos" pelos seus calouros, e desafiar alguém acima de seu ranking é uma ofensa absurda.

Dessa maneira, o uso da palavra "veterano" é intensa e o texto ficou um pouco repetitivo, mas necessário, para representar essa questão da hierarquia.

Como é comum em mangás, a rival da protagonista é humanizada, e mesmo frente à derrota tem uma saída digna, o que indica que, provavelmente, possa ser uma aliada no futuro. Tudo dentro do script.

Ainda não se nota evolução no traço de Kwang-Hyun Kim, mas a arte é competente. As cenas de luta são compreensíveis (o que já é um ganho frente a outras HQs), e as mulheres continuam voluptuosas. Os autores, sempre que podem, aproveitam para colocar seios gigantes à mostra para deleite dos leitores adolescentes.

No fim, um novo arco é iniciado, com bandidos convencionais. É de se esperar que essa situação seja resolvida rapidamente no volume três e, a partir do seguinte, o mangá foque na luta entre a Terra e os seus invasores.