FRESHMEN - OS CALOUROS # 2
Autores: Hugh Sterbakov (roteiro) e Leonard Kirk (desenhos), Andrey Pepoy (arte-final) e Tyson Wangler (cores).
Preço: 5,50
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: Depois de sua primeira missão, Os Calouros partem para a próxima, que não será tão fácil.
Num terrível confronto contra os caras da fraternidade (que estão super "bombados"), os jovens heróis são derrotados sem dó, vítimas de sua própria inexperiência. Pior: sofrem uma importante baixa e terão que começar a lidar com as conseqüências de serem superpoderosos.
Positivo/Negativo: Nas primeiras páginas desta edição, a impressão que se tem, é que o roteirista Hugh Sterbakov teria cedido à tentação de que "grandes poderes trazem grandes responsabilidades" e transformado sua equipe de nerds em super-heróis pra valer. Mas isso, felizmente, dura pouco.
Bastam seis páginas pra pegada de humor voltar: o Aspirante joga um gancho no telhado e o equipamento volta na sua cara, quebrando seu nariz e rendendo-lhe seis pontos. Quem nunca imaginou algo semelhante acontecendo com o Batman?
É verdade que a edição tem menos humor que a primeira e que algumas piadas já se tornam repetitivas (como os papos do Dedo Verde - que nominho! - com as plantas), mas ainda há bons momentos. Um deles é quando o castor falante, o Intoxicador e Brady, o homem do Casal Neura, dão uns "pegas" num cigarro de maconha, mesmo com a Sedutora, sua parceira de equipe, entre a vida e a morte no hospital.
Apesar da diminuição das piadas, o roteiro continua bacana, pois Sterbakov deixa algumas pistas que dão toda pinta que uma intriga bacana está se formando. E os Calouros, especialmente a Titereira, terão uma surpresa pouco agradável quando a trama for revelada.
Tudo leva a crer que a conclusão da minissérie penderá mais para o lado da ação e do drama. Resta saber se o autor conseguirá utilizar boas piadas em meio a esse cenário. Afinal, seus personagens continuam tendo poderes, no mínimo, estapafúrdios.
Novamente, cada parte é narrada por um personagem, em tons bem distintos. Primeiro, Quaker (codinome de um rapaz recém-saído de uma comunidade Amish) conta à sua mãe, num misto de estupefação e resignação, como tem sido sua vida na faculdade. Em seguida, é a vez da comatosa Sedutora; e aí a narrativa tem até momentos de melancolia.
Os desenhos de Leonard Kirk continuam dando conta do recado com folga; e a boa diagramação de suas páginas ajuda bastante na fluidez da narrativa.
A edição da Panini traz as capas dos números # 3 e # 4 da minissérie original (nos Estados Unidos saiu em seis partes), ambas muito chamativas, graças à arte de Rodolfo Migliari.
Se o nome da minissérie fosse apenas Os Calouros, com certeza, seria mais chamativo. No entanto, como todas as revistas da Top Cow usam seus títulos originais em inglês, talvez tenha sido uma exigência da editora norte-americana. Mas isso não diminui em nada a descompromissada e divertida leitura.
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