FRONT # 13
Autores: Jinnie Anne Pak, André Leal, Eddy Gómez, Marcelo D´Salete, Spacca, Artur de Carvalho, Leandro Robles, Fernando Acosta, Eleonora Kortsarz, Fernando Mena, Theo Cordeiro, Emílio Damiani, Maria Fernanda, Victor Hugo Borges e Sam Hart.
Preço: R$ 23,50
Número de Páginas: 96
Data de lançamento: Julho de 2003
Sinopse: Nesta edição da coletânea Front, os artistas flertam com a feminilidade e suas manifestações. Ingenuidade, ansiedade, submissão, romantismo, sexualidade e auto-afirmação e outras facetas da alma feminina foram abordadas.
Positivo/Negativo: O premiado projeto Front chega à sua sétima edição (a numeração começou a contar do 7) mantendo firme o propósito de publicar autores nacionais em coletâneas sempre sobre temas específicos. Dessa vez, as histórias exploram a feminilidade.
Em revistas mix como esta, é impossível exigir uma uniformidade das HQs, devido ao grande número de artistas envolvidos. Por isso, alguns acabam ofuscando os demais.
Em Front # 13, não há nenhum roteiro excepcional, mas há boas HQs. Os destaques ficam com Mamãe, de D'Salete e Eddy Gomes; Na Traseira, pela interessante arte de André Leal, cujos personagens lembram os Thunderbirds; Herança, de Jinnie Anne Park, mais pelos desenhos do que pelo argumento; a engraçada Vó, de Spacca; e Amigo é pra essas coisa, na qual Fernando Mena mostra um traço belíssimo e excelentes enquadramentos.
Outro ponto positivo deste álbum são as pin-ups que intercalam as histórias, com arte de Emílio Damiani e versos de Maria Fernanda, homenageando mulheres que marcaram época no Brasil, como Elis Regina, Elza Soares, Leila Diniz, Cacilda Becker e outras.
Mas se Front tem a seu favor o inquestionável argumento de publicar regularmente histórias nacionais, ainda peca pelo elitismo de suas histórias. É fantástico lançar novos autores, sem dúvida, mas também é preciso atrair leitores para conhecê-los. E isso não está acontecendo.
Nesta edição, por exemplo, a história Perder la Cabeza, dos argentinos Fernando Acosta e Eleonora Kortsarz, tem o texto todo em espanhol. Não é difícil deduzir que vários "leitores comuns" terão dificuldades com alguns termos, certo?
É fato que as histórias deste e dos álbuns anteriores são o que chamamos de "autoriais", algumas delas de artistas que nunca publicaram antes! Assim, mesmo quando são de bom nível, acabam agradando a poucos leitores. E, vale lembrar, não é pecado fazer HQs "comerciais". Talvez valesse a pena pensar numa mescla dessas duas vertentes, como a também nacional Ragú vem fazendo.
Quanto à edição da Via Lettera, dessa vez, ao contrário dos números anteriores, várias páginas apresentaram problemas de impressão e algumas histórias estão "pixelizadas" (com o traço serrilhado), possivelmente por problemas no momento de escaneá-las.
Classificação: