Autor: Hiroya Oku (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 224

Data de lançamento: Julho de 2007

Sinopse: Dois jovens, ao ajudar um bêbado que caiu na linha do metrô, são atropelados por um trem. Mas ao invés de morrer, são mandados para um estranho apartamento para realizar missões ainda mais estranhas.

Positivo/Negativo: Gantz, com certeza, é um mangá diferente de tudo que já foi publicado por aqui. Não que seja 100% original, mas a idéia que o norteia, bem como sua execução, é completamente insana.

A história começa de maneira a induzir o leitor a achar que está diante de algo metafísico e "cabeça". Dois jovens são atropelados e, em vez de irem pro "além", são transportados para um apartamento junto com outras pessoas que estavam prestes a morrer.

O encontro inicial e o convívio entre os personagens desse quarto é traumático e tenso. Mas antes que o leitor pense que se trata de uma releitura japonesa pop para o clássico existencialista de Jean Paul Sartre Entre Quatro Paredes, no qual pessoas são mandadas para um inferno que consiste apenas numa sala onde têm de conviver com outras por toda a eternidade, o autor joga mais insanidade.

Depois de diversas depravações acontecerem com uma das personagens, surge a entidade que dá título a HQ, o tal Gantz. O ser dá uma "missão" para as pessoas do quarto: caçar um alienígena chamado Negi-Seijin. Também lhes dá roupas e armas bizarras que, aparentemente, não funcionam.

A caçada vem seguida de muita ação e violência entre os personagens e os alienígenas.

Neste primeiro número, não há muitas explicações, apenas diversas perguntas e situações estranhas. Isso funciona, pois o leitor fica extremamente curioso. Além disso, há muita violência e nudez feminina (nas aberturas de capítulos, mesmo que estejam fora do contexto da HQ), sempre campeões de audiência.

Tudo isso fica potencializado pelo ótimo traço e arte-final de Hiroya Oku. No Japão, ele é conhecido pela habilidade em desenhar mulheres e cenas de sexo. Mas não faz feio quando o assunto é violência visceral, como se vê em Gantz.