Neste mangá, quando um jogador promissor começa a marcar muitos pontos e se aproximar da saída, o Gantz parece armar pela sua permanência. Os motivos da entidade são desconhecidos, mas ela parece precisar da força dos personagens para enfrentar os monstros.

Prova disso é que seleciona muitas pessoas com poderes especiais.

Quando o protagonista Kurono se aproximava da pontuação final e liderava seus companheiros para as vitórias, o Gantz deu um jeito de lhe impor um novo objetivo.

Primeiro, colocou os outros jogadores para caçarem Tae-chan, a namorada de Kurono. Após a morte da garota, ofereceu ao jovem a chance de ressuscitá-la, desde que usasse os 100 pontos para fazer isso, zerando-os e obrigando-o a começar novamente a contagem.

Sem opções, Kurono volta às missões.

Antes de ser um mero pretexto para mais ação e violência, o evento em si marca uma mudança significativa no comportamento do protagonista, que no início era egoísta e agora se importa cada vez mais com as pessoas ao seu redor. Sobretudo com sua namorada Tae-chan, não medindo esforços para ajudar.

A evolução e o amadurecimento dos personagens é um dos elementos mais interessantes de Gantz, que, não fosse isso, teria um enredos muito fraco, baseado em elementos saturados, como lutas com alienígenas.

Outro ponto interessante é a semelhança da narrativa com as séries super-sentai, já levantada em outras resenhas. Tal qual um Zordon, o Gantz seleciona jovens promissores, lhes dá armas e veículos especiais e os põe para lutar contra monstros alienígenas.

Só que o Gantz não parece se importar com o bem-estar dos seus protegidos. E, com uma ideia mais verossímil, são muito mais do que cinco jovens e os monstros matam na mesma proporção em que são mortos.

Por fim, nesta edição merece destaque a bizarra cena de sexo entre um dos personagens e um monstro alienígena disfarçado. A sequência, grotesca, pode chocar desavisados.