Cada vez mais, a comparação entre Gantz e as séries super-sentais (que deram origem a séries como Power Rangers) fica mais evidente. Neste volume, os monstros atacam pessoas que, pela primeira vez, enxergam adolescentes de collant com armas especiais tentando salvá-las.

A narrativa deste volume é focada essencialmente em ação e pancadaria. É uma constante na série: quando há um trecho com falatório e explicações, como aconteceu na edição anterior, vem uma sequência mais movimentada.

E é nas cenas que a arte de Hiroya Oku mostra sua desenvoltura. Seu estilo cinematográfico cria um mangá mais para ser visto do que lido. E, como sempre, suas belas pin-ups complementam o charme da edição.

Oku costuma dizer que usa modelagem digital para os personagens. Há quem diga que isso é "trapaça", pois facilita o trabalho do desenhista. Não é a opinião deste resenhista, pois trata-se de uma técnica como outra qualquer.

Neste volume, o autor brinda os leitores com quatro páginas "cruas", nas quais a modelagem digital ainda está sem o tratamento do desenhista - parece que os bonecos estão flutuando nos cenários. O resultado é curioso e ajuda a compreender a técnica de Oku.