Autor: Hiroya Oku (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 224

Data de lançamento: Novembro de 2007

Sinopse: A batalha contra os Tanaka-seijin continua.

Positivo/Negativo: A história de Gantz não chega a ser uma
trama muito elaborada: um bando de pessoas é levado para enfrentar alienígenas
a mando de um supercomputador. Muitas vezes, a impressão que se tem é
que o autor queria apenas mostrar uma aventura com muita violência e sexo,
e não se preocupou muito com a trama.

Afinal, a série, no volume cinco, ainda fornece poucas pistas do que está
acontecendo.

Tal qual um videogame, Kei vai derrotando os Tanaka-seijin só para, no
fim de tudo, deparar com um chefão, mais poderoso. A solução do embate
é emocionante.

Hiroya Oku desenvolve uma ação desenfreada e uma narrativa cinematográfica,
sem muitos diálogos. Tudo é feito para favorecer o ritmo veloz da HQ.
Assim, Gantz se torna um mangá que essencialmente é para ser "visto"
e não "lido".

Diante disso, é de se esperar uma arte de qualidade, que quase sempre
é oferecida ao leitor. Entretanto, neste volume há uma derrapada medonha.

Nas última páginas, Kei se encontra com uma nova personagem dentro do
apartamento do Gantz. A moça fica em primeiro plano e o jovem ao fundo,
mas a perspectiva ficou grotesca, sem nenhuma profundidade. Parece que
a mulher é gigante e o protagonista, minúsculo.

Alguns detalhes sobre a edição valem menção. A primeira página
do volume é colorida, com uma ilustração de Kishimoto
nua e outra dos três personagens principais em destaque.

No final do mangá, uma curiosidade. Há quatro páginas falando sobre o
primeiro trabalho de Hiroya Oku, uma HQ em que um homem se transforma
numa mulher. Como o próprio autor diz, um tema clichê, sobretudo no Japão,
terra do clássico Ranma ½, de Rumiko Takahashi.

No
entanto, o curioso fica por conta das exageradas cenas de sexo. Segundo
o depoimento do autor, a arte foi elogiada no Japão pela expressão que
ele criou para demonstrar o balanço dos seios de uma personagem, a partir
da trajetória do movimento dos mamilos, posteriormente copiada por muitos
autores de mangás eróticos.

Como fica claro, perversões sexuais sempre foram um tema caro a Oku, que,
no fim do seu texto ele declara: "foi um pouco decepcionante todo mundo
comentar só sobre as tetas". Mas se ele não queria ficar estimagtizado
por isso, bastava não rechear tanto suas HQs com cenas de sexo.