GAROTO VIVO NA VILLA CEMITÉRIO # 1
Editora: Abril - Revista bimestral
Autores: Fabrício Pretti e Estúdio Triboulet (argumento e arte), Triboulet e Bruno Tedesco (cores) e Kazullo Estúdio (letras).
Preço: R$ 1,95
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Janeiro de 2012
Sinopse
Caio aprontou alguma e, como punição, foi impedido de viajar à praia com os pais. Ao invés disto, ele vai parar em um acampamento completamente fora dos padrões.
Positivo/Negativo
Garoto vivo na Villa Cemitério, assim como UFFO - Uma família fora de órbita, foi vencedora do Prêmio Abril de Personagens de 2011. Com isso, teve o direito de ser publicada. O primeiro número da criação de Fabrício Pretti não decepciona.
Assim como Gemini 8, outra das novas HQs infantis da Abril, Garoto vivo vai direto ao assunto e não se alonga na apresentação de personagens.
Logo nas primeiras cenas, Caio, o protagonista, já está na tal Villa Cemitério, em meio a um bando de garotos mortos-vivos. Eduardo, um esqueleto simpático, logo se torna seu melhor amigo.
São quatro histórias nesta primeira edição, todas agradáveis. A primeira basicamente mostra como Caio foi parar no acampamento dos zumbis. A segunda revela os hábitos alimentares pouco atrativos dos meninos da Villa. Em seguida, uma aventura sobre uma misteriosa criatura da floresta, temida por todos os garotos mortos-vivos. E a última mostra o conceito de banho para quem já foi desta para melhor.
Zumbis estão na moda, de certa forma. Inseri-los em um cenário infanto-juvenil é um belo desafio, que o autor cumpre a contento. Tornar monstros, fantasmas e outros personagens de terror acessíveis às crianças, no entanto, não é novidade nos quadrinhos brasileiros. Basta se lembrar da Turma do Arrepio, de César Sandoval, e do Penadinho, de Mauricio de Sousa.
Garoto Vivo na Villa Cemitério, entretanto, não quer ser nada além que pura diversão. Não é preciso reinventar a roda para fazer quadrinhos de qualidade. Traço direto e simpático, cores equilibradas, que dão o clima da Villa, enquadramentos bem-resolvidos e sacadas bacanas aqui e ali no roteiro fazem com que a revista seja uma boa opção nas bancas. Não só para a criançada.
O único, mas importante porém, vai para a periodicidade das novas HQs infantis da Abril. As três são bimestrais, tempo muito longo para que a molecada crie o hábito de acompanhar as séries.
Como o trio também é publicado em tiras semanais na revista Recreio, pode ser que parte do público que também lê esta publicação não sofra tanto. Mas quem conheceu os personagens diretamente nos gibis terá de ter paciência.
Classificação: