Autor: Timothy Truman (roteiro e desenhos).

Preço: Cr$ 100,00 (preço da época)

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Julho de 1990

Sinopse: Muitos anos se passaram e Thanagar se afoga cada vez mais na própria glória. Mas se o declínio de seu povo é evidente para Katar Hol, ainda passa de maneira indiferente para o administrador de proteção Byth. Um confronto entre os dois se torna inevitável.

Além disso, o futuro Gavião Negro também enfrentará um fantasma de seu passado, transfigurado na imagem da bela Shayera Thal.

Positivo/Negativo: Depois da queda, o vôo. Sem dúvida, o mérito maior desta edição final é o de se mostrar como um belo começo.

Se nas edições anteriores o autor procurou mostrar como nasceu o Gavião Negro, nesta o herói já está lá. Katar Hol não existe mais, o que há é um homem com um estreito senso de justiça e que fará (quase) tudo para vencer seus algozes. Quase, pois sabe bem que, quando usar métodos iguais aos de seus antagonistas, não haverá nada que o diferenciará deles.

Depois de duas edições em que a oposição entre bem e mal foi colocada em cheque, o herói alado parece ter encontrado a solução para seus problemas: ele finalmente percebe que aquilo que difere o bem e o mal está além de diferentes visões políticas, etnias ou classes sociais.

Vencido o paradoxo, o autor não tem problemas em colocar as duas forças em choque numa empolgante luta entre Katar e Byth.

Há quem possa dizer que a história de Thanagar é uma metáfora dos Estados Unidos da América. Pode até ser, mas fazer tal ligação não é o propósito desta resenha.

Aliás, para que fazer resenha de um gibi tão antigo, que a cronologia DC atual parece ter abandonado? Ora, para provar que nesse restrito mundinho de super-heróis já houve vida inteligente. E que antes de a editora e os leitores se perderem em meio a tantas crises, mortes e retornos, o que valia mesmo era contar uma boa história.

E isso o Gavião Negro de Timothy Truman, definitivamente, é.