GIBI DE OURO - FANTASMA
Título: GIBI DE OURO - FANTASMA (Rio Gráfica e Editora) - Edição especial
Autores: Não foram creditados na edição.
Preço: variável, dependendo do sebo
Número de páginas: 64
Data de lançamento: 1985
Sinopse:Um grupo de piratas chamados os Homens-Rãs estão assaltando navios em alto-mar.
O Fantasma, inimigo confesso dos piratas, há 400 anos, prepara uma armadilha para o grupo.
Depois de algumas reviravoltas, o herói mascarado se infiltra no grupo, e desmantela a quadrilha, praticamente sozinho.
Positivo/Negativo: Esta edição do Gibi de Ouro - Os Clássicos dos Quadrinhos é um fac-símile do segundo número da revista Fantasma Magazine, de maio/junho de 1953.
Esta aventura do Fantasma está longe de ser um clássico. Seu valor é apenas histórico. Os desenhos, em preto-e-branco, com retículas, são bem simples, apesar de funcionais, e foram originalmente criados como tiras para publicação em jornal.
A
narrativa é simples e direta, sem grandes pretensões. Em alguns momentos,
quando, por exemplo, o herói está disfarçado usando o traje dos Homens-Rãs,
o desenhista aplicou "uma flecha", dentro da qual está escrito "Fantasma",
para indicar ao leitor qual dos Homens-Rãs era realmente o personagem.
Coisas que a linguagem moderna dos quadrinhos já deixou de usar há tempos.
Este exemplar carece das informações mais básicas, como procedência da história original e nomes dos autores (Lee Falk nos roteiros e Wilson McCoy na arte). Não é possível nem ao menos encontrar uma assinatura identificável nos quadrinhos. Uma pena, já que esta informação valorizaria um pouco a edição, que foi preparada visando justamente os colecionadores.
O fac-símile foi lançado pela RGE em 1985, sem grande alarde. O primeiro número da Fantasma Magazine já havia sido republicado, da mesma forma, em 1980, na mesma coleção.
Encartado no meio da revista existe um artigo ilustrado de oito páginas, contando as origens do personagem e falando de seus principais desenhistas (Ray Moore, Wilson McCoy e Sy Barry), além de contar um pouco da trajetória do "Espírito-que-anda" no Brasil.
Interessante, mas acentua a sensação de vazio editorial, pois se preocuparam em falar do personagem e "esqueceram" de creditar os autores da edição.
Esta reedição serve apenas como retrato do tipo de quadrinhos e histórias publicadas na década de 1950, quando as soluções mais ingênuas eram aceitas de bom grado, num tipo de trama sem malícia, em que o bem invariavelmente triunfava sobre o mal.
A revista traz também uma anedota histórica sobre Napoleão (em sua segunda capa) e duas histórias de uma página. A primeira com "Seu" Boa Vida, em Esforço Inútil, e a segunda, sem título, com o Anão Zezinho.
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