GOLGO 13 # 1
Editora: JBC - Série mensal em três edições
Autor: Takao Saito (roteiro e arte).
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 176
Data de lançamento: Janeiro de 2010
Sinopse
Golgo 13, ou Duke Togo, é um implacável assassino profissional que está sempre com cara de poucos amigos. Ninguém no mundo conhece seu passado ou algo pessoal sobre ele. A única coisa que se sabe é que é extremamente frio e competente e nunca falha em suas missões.
Especialista em todos os tipos de armas e mestre nas mais letais artes marciais, o matador ainda é fluente em 13 línguas e é capaz de entrar ou sair de qualquer nação inimiga sem ser apanhado.
Nesta edição, ele tem duas missões: na primeira está envolvido em uma trama de um agente russo que desertou para os Estados Unidos e um norte-americano que era agente duplo e está para ser solto da cadeia.
A segunda aventura mostra uma trama que envolve diferentes ramos da religião católica e o próprio Papa, e G13 é contratado para tentar desmascarar uma grande conspiração.
Positivo/Negativo
Golgo 13 é um mangá adulto muito famoso no Japão, onde é publicado desde 1969. A boa combinação de um personagem forte, tramas fechadas e a mistura de ficção com fatos e personagens reais podem ajudar a explicar a longevidade do título, uma das maiores daquele país.
E as tramas, pelo menos nesta primeira edição, cumprem o que a JBC prometeu: são dinâmicas, bem construídas e apresentam um protagonista quase onipotente, que sabe o que faz e sempre dá um jeito de cumprir seus contratos. Um anti-herói na linha de Jason Bourne, de A identidade Bourne.
O mangá é uma boa leitura para quem gosta de tramas de matadores de aluguel, reviravoltas e ficção com pano histórico de fundo.
A JBC fez uma opção interessante ao lançar o mangá como uma série em três edições, escolhendo algumas das melhores histórias do personagem, para apresentá-lo ao público. Se obtiver bons resultados nas bancas, a editora continuará publicando novos números.
Mas o primeiro problema do mangá vem justamente dos mais de 40 anos da série. As tramas escolhidas, apesar de bacanas, são completamente datadas. Uma faz referência à Guerra Fria e outra ao atentado sofrido pelo Papa João Paulo II na década de 1980. Isso pode causar desinteresse aos leitores mais jovens.
O segundo problema é o preço. A JBC divulgou que este mangá teria um tratamento de melhor qualidade, com papel superior e orelhas, e que por isso custaria R$ 19,90, contra os R$ 10,90 de Ranma ½, por exemplo.
Mas essa diferença é grande demais apenas por esses detalhes, que nem fariam falta. Se ainda houvesse páginas coloridas ou algo assim, vá lá, mas não é o que ocorre.
A editora anunciou também que o mangá teria 200 páginas, mas são apenas 180 contando-se as capas, o que é uma bela diferença e poderia se refletir também num preço menor.
Por último, já que as tramas contêm tantas referências a acontecimentos históricos e, teoricamente, trata-se de um material diferenciado, a editora poderia ter caprichado na parte editorial. Bastava contextualizar as épocas nas quais se passam as aventuras, ajudando o leitor a compreender melhor o roteiro e criando um contraponto ao problema do mangá ser datado.
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