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GON - COME E DORME

1 dezembro 2003


Autores: Masashi Tanaka (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 19,00

Número de Páginas: 144

Data de lançamento: Setembro de 2003

Sinopse: Quatro histórias curtas, sem nenhum balão de texto, de Gon, um tiranossauro bebê de 60 centímetros de altura, genioso e extremamente forte, que faz tudo que for preciso para alcançar o que deseja, mesmo que isso seja "politicamente incorreto".

Positivo/Negativo: Finalmente, Gon faz sua estréia no Brasil. Depois de ter sido anunciado em abril de 2002, pela Conrad, muitos fãs aguardavam a chance para conhecer esta excelente HQ. A demora para o lançamento deveu-se a problemas contratuais com os licenciantes.

O autor Masashi Tanaka vem acumulando prêmios pelo mundo com seu dinossauro. Em 1998, recebeu o Will Eisner nas categorias de melhor publicação de humor e melhor publicação para público jovem, além do título de melhor artista; e faturou também o Tetsuya Chiba, em 1985, e o Osamu Tezuka, em 1998.

E os prêmios são realmente merecidos. Sem nenhum balão de texto, recordatório ou onamatopéia, Tanaka dá um show de narrativa em suas páginas. Seus desenhos são extremamente detalhados e até as cenas mais absurdas, como animais fazendo expressões faciais tipicamente humanas, parecem reais no seu traço.

No press release da editora, uma frase publicada na !Comics resume bem o talento do autor: "O Trabalho é formidável... Tanaka poderia ensinar aos artistas ocidentais algumas lições sobre linguagem corporal". E poderia mesmo! Alguns desenhistas da Marvel, que participaram do evento Nuff Said (um mês no qual todas as revistas da editora fora "mudas"), no final de 2001, deveriam ler Gon para sacar um pouco mais sobre narrativa.

A edição segue o bom padrão gráfico dos álbuns da Conrad. A única coisa estranha, assim como aconteceu em Uma Biografia Mangá: Osamu Tezuka - O Nascimento do Osamuchi (1928 - 1945), é a posição da página que sinaliza a leitura invertida, que não está no começo ocidental (o que é mais lógico, porque o aviso é para os leitores que não esperam pela inversão), e sim cinco páginas adiante, depois da introdução (ou posfácio, se seguirmos a leitura japonesa).

Além disso, em alguns quadros, o escaneamento também parece ter "condensado" as hachuras de Tanaka, deixando as artes mais escuras.

Agora, fica a torcida para que a Conrad publique os outros cinco álbuns de Gon, que, mesmo sem um único balão de texto, tem muito a "dizer" pros leitores.

Classificação:

4,0

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