Confins do Universo 219 - Histórias de Editor # 7: É o Lobo! É o Lobo!
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GOOGLE CHROME – BEHIND THE OPEN SOURCE BROWSER PROJECT

1 dezembro 2008


Autores: Equipe Google Chrome (texto) e Scott McCloud (adaptação e arte).

Preço: grátis

Número de páginas: 38

Data de lançamento: Setembro de 2008

Sinopse: HQ de apresentação do Google Chrome, o novo navegador do conglomerado de mídia Google.

Positivo/Negativo: A segunda-feira desta semana adormeceu com uma notícia bombástica: o Google ia abrir um novo flanco na batalha pela internet ao lançar o Chrome, um navegador - um programa como o que você está usando para ler o Universo HQ.

Para os leitores de quadrinhos, a notícia tinha um bônus: a apresentação do produto ficou nas mãos de Scott McCloud - autor de belos webcomics, encantadoras aventuras de Superman e, acima de tudo, um brilhante teórico dos quadrinhos. O título foi distribuído pelo Google como um gibi impresso e, logo depois, foi disponibilizado na internet.

Autor de três livros admiráveis (Desvendando os quadrinhos, Reinventando os quadrinhos e Desenhando quadrinhos), McCloud tem a fama de propor caminhos revolucionários e de ser um investigador arguto de novas formas de produzir e divulgar as HQs.

É por isso que sua história sobre o Google Chrome decepciona logo de cara: ela simplesmente é muito chata.

Bem aquém dos ideais de inovação de McCloud e do que o próprio Google alardeia para si mesmo, a HQ tem como mérito tornar os detalhes técnicos um pouco mais claros do que um manual de instruções. É didático, sem dúvida, e pontualmente lúdico em alguns pontos, até porque o quadrinhista usa recursos visuais semelhantes aos dos livros que o consagraram.

Sua página de abertura, por exemplo, é envolvente: sugere que os navegadores surgiram num passado remoto em que a internet era muito diferente - o que é uma grande verdade. O Chrome teria, portanto, a vantagem de começar a ser feito do zero. Em se tratando de uma narrativa (e não de uma peça publicitária), é um começo bem bolado.

Porém, mais adiante, vem a contradição: várias das chamadas novidades já foram incorporadas às versões recentes da concorrência.

A história também usa pouco um dos pontos fortes das explicações teóricas de McCloud sobre quadrinhos: as metáforas lúdicas e mirabolantes. O roteiro, a cargo da equipe do Google, não deu espaço para o criador brilhar.

O resultado é que a história tem um visual mccloudiano inegável, mas fica em débito em relação às propostas inovadoras estéticas criadas pelo próprio autor. E isso é uma pena.

Classificação:

4,0

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