Confins do Universo 219 - Histórias de Editor # 7: É o Lobo! É o Lobo!
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GRANDES ASTROS - BATMAN & ROBIN # 7

1 dezembro 2008


Autores: Frank Miller (texto), Jim Lee (desenhos), Scott Williams (arte-final) e Alex Sinclair (cores).

Preço: R$ 3,90

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Fevereiro de 2008

Sinopse: Batman espanca e põe fogo em uma gangue de bandidos de Gotham. Assistindo ao massacre, está Canário Negro, que flerta com o Homem-Morcego e acaba a noite pegando carona no batmóvel.

Logo depois, na batcaverna, o jovem Robin é flagrado comendo ratos.

Positivo/Negativo: Vale a pena destacar um diálogo desta edição.

Batman - Batmóvel, venha.

Batmóvel - Sim, senhor. É pra já, senhor.

Canário Negro - "Batmóvel"...?

Batman - Nem uma palavra. Eu já agüentei muita coisa por chamar o meu carro de batmóvel. Eu sou o maldito Batman e posso chamar o meu maldito carro do que quiser.

Não dá para levar a sério um negócio desses.

Mas tem gente que diz que dá, pessoas que defendem que Grandes Astros - Batman & Robin é uma versão mais realista de Batman, sarcástico como os dias de hoje. Por isso, o bilionário Bruce Wayne trancaria um moleque numa caverna cheia de morcegos armado com um imenso machado para que ele amadureça ao se alimentar de ratos.

É uma teoria que até poderia ter alguma consistência, mas degringola diante da obra de Miller. O criador de Sin Cityé, antes de tudo, um narrador brilhante. Ele não deixa furos.

Grandes Astros - Batman & Robin, por sua vez, é uma verdadeira peneira. Nesta edição, surge mais um rombo: a depravada Canário Negro pega carona no batmóvel, mas, logo depois, o Batman garanhão chega à batcaverna acompanhado apenas do seu pacote.

A absoluta falta de noção de continuidade parece ser a grande pista que Miller deixa ao leitor para que ele entenda que não se trata de uma HQ séria, e sim de um deboche.

Para a comentarista norte-americana Shaenon Garrity, trata-se de uma crítica aos fetiches dos leitores de super-heróis. Um deboche corajoso, que ataca a adoração dos fãs por bobagens como artistas do estilo Image, truculência gratuita e o falso realismo pretendido por alguns autores de super-heróis.

Nem precisa dizer que o resultado final é patético. Uma história que, na superfície, é ruim de doer. Mas que, como crítica, é um petardo que a indústria norte-americana precisava receber há anos.

Classificação:

4,0

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