GRANDES ASTROS - SUPERMAN # 3
Título: GRANDES ASTROS - SUPERMAN # 3 (Panini
Comics) - Série mensal
Autores: Grant Morrison (texto), Frank Quitely (desenhos) e Jamie Grant (arte-final).
Preço: R$ 3,90
Número de páginas: 24
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: No dia de seu aniversário, Lois Lane bebe uma poção criada por Superman e se torna a Supermulher. E quando a nova superdupla chega a Metrópolis, enfrenta seu primeiro desafio em conjunto: répteis monstruosos que vieram do centro da Terra para atacar a cidade.
Mas, antes que entrem em ação, os monstrengos são dominados por outros dois superseres, Sansão e Atlas, que desafiam o Homem de Aço para flertar com Lois.
Positivo/Negativo: Morrison confirma a tendência de fazer edições temáticas neste terceiro número de Grandes Astros - Superman. Desta vez, o tema é a divindade do Homem de Aço.
Superman é um personagem de muitos aspectos. Como o Clark Kent de Metrópolis, é um jornalista investigativo meio bundão (ou bastante, pela abordagem Era de Prata de Morrison). Na fazenda, junto com seus pais adotivos, ele é um fazendeiro turbinado e um atilado bom moço que esconde seu potencial dos vizinhos de Smallville. Nas vezes de Kal-El, é fácil vê-lo como um alienígena. Sob o manto de Superman, torna-se um herói - e esta costuma ser a faceta em que mais se aproxima de um humano, a despeito dos poderes.
São esses poderes que concedem a seus roteiristas a possibilidade de tratá-lo como divindade. Não é uma abordagem que se sustente por muito tempo, por sinal. Geralmente, quando essa opção é adotada em uma história, tem-se um roteiro épico, com um personagem ocupado com os grandes problemas da humanidade - e não em fazer Lois Lane dormir depois de um dia superexaustivo.
Nesta história, Morrison inverte a lógica. E apresenta o cotidiano de um Superman endeusado. Muita coisa ali remete à divindade: desde os algozes Atlas e Sansão, referências à mitologia romana e hebraica, até à entidade Esfinge.
O traço de Quitely, muito iluminado, com uma levada esquisita, ajuda a formar o clima de estranheza. Mas o herói reage a tudo como se fosse a coisa mais comum do mundo - e desde quando não é?
Mais uma vez, a abordagem inusitada de Morrison faz de Grandes Astros - Superman uma belíssima história com clima de Era de Prata, mas com uma visão contemporânea.
Uma dica aos leitores: o roteirista está espalhando pistas ao longo da história a respeito do desenvolvimento da trama sobre a morte do Homem de Aço. É bom prestar atenção.
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