GRANDES CLÁSSICOS DC # 12 – ODISSÉIA CÓSMICA
Título: GRANDES CLÁSSICOS DC # 12 - ODISSÉIA CÓSMICA (Panini
Comics) - Revista sem periodicidade fixa
Autores: Jim Starlin (texto), Mike Mignola (desenhos), Carlos Garzon (arte-final) e Steve Oliff (cores).
Preço: R$ 25,90
Número de páginas: 200
Data de lançamento: Novembro de 2007
Sinopse: Em meio a suas pesquisas em torno da Equação Antivida, Metron, dos Novos Deuses, acaba libertando sem querer quatro espectros da entidade. Os seres obedecem a um plano que prevê a destruição de quatro planetas: Terra, Rann, Thanagar e Xanshi, o que conduziria ao colapso da Via Láctea.
Para impedi-los, o Pai Celestial e os Novos Deuses se unem a Darkseid e convocam um grupo de heróis formando por Superman, Batman, o Lanterna Verde John Stewart, Estelar, o Caçador de Marte e o demônio Etrigan.
Dividido entre os quatro planetas e em esferas cósmicas desconhecidas até então, o grupo tentará impedir o fim de uma galáxia.
Positivo/Negativo: Odisséia Cósmica não tem as características de um grande clássico dos quadrinhos de super-heróis: não é revolucionária nem apresenta novos conceitos. Mas acabou ganhando destaque nas duas últimas décadas, que teve centenas de minisséries aclamadas em seu tempo, mas que acabaram esquecidas.
O grande mérito de Odisséia Cósmica é ser uma história correta, com grandes acertos editoriais.
Começa pelo próprio roteiro de Starlin, que usa uma mitologia sólida como a do Quarto Mundo, de Jack Kirby, sem arriscar grandes acrobacias. Em vez de reunir dezenas de supergrupos, o que sempre resulta em uma trama confusa, preferiu apostar em personagens mais icônicos.
A história também é simples: a releitura do mito da caixa de Pandora usa a mesma estrutura banal das primeiras aventuras da Liga da Justiça, recém-republicadas pela Panini. Surge um problemão, os personagens se dividem em duplas para lidar com ele e, no final, se reúnem para um desafio final. É esquemático pra caramba. Mas Starlin usa uma versão um pouco mais rebuscada. Não dá pra negar que funciona.
A escolha de Mignola, até então um quase zé-ninguém dos quadrinhos, também é um acerto que se torna essencial para a obra. Ele não complica; simplifica. Herdeiro de Kirby, é um narrador exímio e econômico. Não faz o perfil típico dos ilustradores de sagas cósmicas, que apelam para o virtuosismo gráfico. Pelo contrário, é ágil, sem floreios nem rodeios.
Com tantos acertos, Odisséia Cósmica pode não ser um típico clássico, mas é uma grande HQ, pra ser lida com gosto e que volta às bancas depois de quase 20 anos.
A edição brasileira é que acaba pecando, e não só porque Via Láctea não tem hífen. O problema é está na introdução da história, escrita por Robert Greenberger há mais de dez anos. Sem indicação de data, o autor soa esquizofrênico. Por exemplo: não menciona que Mignola fez o famoso Hellboy, mas cita séries tão esquecidas quanto War of the Gods, protagonizada pela Mulher-Maravilha.
Tudo bem que, nos Estados Unidos, o leitor tem consciência de que está comprando um livro editado há alguns anos. Mas aqui, onde o volume encadernado de Odisséia Cósmica é uma novidade, um erro desses acaba envelhecendo a própria obra.
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