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GRANDES HERÓIS MARVEL # 2 - OS SURPREENDENTES HOMEM-ARANHA & WOLVERINE

1 dezembro 2011

GRANDES HERÓIS MARVEL # 2 - OS SURPREENDENTES HOMEM-ARANHA & WOLVERINE

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Jason Aaron (roteiro), Adam Kubert (arte), Mark Morales e Dexter Vines (arte-final) e Justin Ponsor (cores).

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 52

Data de lançamento: Agosto de 2011

 

Sinopse

Homem-Aranha e Wolverine continuam perdidos em uma estranha viagem pelo tempo.

Em um futuro apocalíptico, precisam enfrentar Destino, o vilão que transformou-se em um planeta. Lançados novamente ao passado, encontram-se com versões jovens de si mesmos. E, finalmente, descobrem os responsáveis por todos esses saltos temporais.

Positivo/Negativo

A primeira edição começou bem, mas este segundo número da série decepciona.

Talvez seja pelas respostas dadas aos mistérios propostos na primeira parte da aventura. É revelada a identidade do personagem por trás de toda a situação vivida pelos heróis: um velho conhecido dos leitores que acompanharam os X-Men durante os anos 80 e comecinho da década seguinte.

E as motivações desse vilão são as mais bobas possíveis.

A impressão é de que o roteirista Jason Aaron jogou na história todos os clichês possíveis do universo de super-heróis: sacrifício, morte, ressurreição, confronto entre mocinhos, revelação apoteótica do adversário misterioso.

Aliás, Aaron claramente não leva nada a sério esses paradigmas.

Sua prosa é boa, mas mesmo ela não consegue criar empatia com o ato de Wolverine sacrificar sua vida para salvar o mundo, porque é muito claro que essa "morte" não vai durar.

E, de fato, não dura. Carbonizado totalmente pela Força Fênix, Wolverine é trazido de volta seis páginas depois pelo Homem-Aranha, que convenientemente havia encontrado o Cubo Cósmico, poderoso e milagreiro artefato do Universo Marvel.

O humor nos diálogos permanece e mesmo essas situações de suspense parecem parodiar os cânones da narrativa de super-heróis, como as "mortes" e "ressurreições".

Entretanto, há um bom momento de drama. Talvez uma das melhores cenas da história, na cena em que Wolverine encontra o Homem-Aranha, quando este ainda era um aventureiro nas lutas-livres.

Wolverine percebe que Parker irá perder seu tio e o quanto isso o transformará. Também se dá conta do quanto o garoto vai sofrer, mas sabe que não pode fazer nada a respeito, senão pode alterar todo o rumo do futuro que virá.

Toda essa informação é passada pela sequência desenhada por Kubert e tem seu ponto alto no olhar de despedida que Wolverine lança ao jovem Peter. Talvez seja a melhor parte de todo a edição.

É pouco, mas dentro de uma narrativa cheia de ação acelerada e situações apoteóticas, esse breve momento de solidariedade entre os heróis se destaca.

Espera-se agora pela conclusão da aventura, que será na próxima edição. Considerando tudo, as expectativas são bastante baixas.

Classificação:

4,0

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