Green Blood # 5
Editora: JBC – Revista mensal * Último número
Autor: Kakizaki Masasumi (roteiro e arte).
Preço: R$ 14,50
Número de páginas: 216
Data de lançamento: Maio de 2015
Sinopse
Após serem pegos pelos índios Sioux, os irmãos Brad e Luke passam de prisioneiros a aliados da tribo na batalha pelo território contra o exército norte-americano. No entanto, do lado adversário está Edward King, que os dois procuram há tanto tempo. Hora da vingança?
Positivo/Negativo
Este volume final de Green Blood tem como pano de fundo a batalha histórica pelo território entre os Sioux e o exército dos Estados Unidos, que ocorreu em 1876, quando os índios defendiam seu território dos caras pálidas, em Montana.
Mas é bom dizer que isso serve apenas para contextualizar o ambiente de faroeste em que Green Blood se passa, pois o foco principal da trama está em Edward King e seus dois filhos, Luke e Brad Burns.
Edward mata a mãe dos meninos e os abandona seguindo sua vida bandida. Os dois são criados por um antigo amigo do pai, que treina Brad para vingar a morte de sua mãe e servir sua gangue durante anos em Five Points, como um assassino.
No início da série, em Nova York, na favela de Five Points, existia a batalha entre gangues, a qual fazia lembrar do filme Gangues de Nova York, mas isso foi deixado de lado quando o autor focou no drama familiar e na vingança. Uma pena, pois a história poderia ter sido desenvolvida ali mesmo.
Luke, que antes era protegido de seu irmão, e nem imaginava que Brad era um assassino, depois de descobrir toda a história, inclusive que seu pai matou sua mãe, muda completamente. O personagem é o ponto alto da obra, pois foi muito bem desenvolvido, se comparado às suas primeiras aparições. Ainda assim, Kakizaki Masasumi manteve sua bondade e seu desejo de ter um lugar para viver em paz com seu irmão, apesar de ter que matar pessoas e se envolver em diversas batalhas ao lado de Brad.
Mesmo construído em cima de um clichê, o roteiro deste encerramento se desenrola de forma dramática com as batalhas entre os índios e o exército, e a vingança contra o pai dos garotos. Destaque para os planos desenvolvidos por Edward King, que demonstram sua experiência em roubar somente itens valiosos, justificando sua ganância por dinheiro e seu caráter frio o suficiente para deixar os filhos sem qualquer remorso.
Sem dúvida, o ponto alto da série são os desenhos. As sombras, os enquadramentos e as cenas de batalhas são de encher os olhos. Apesar de os personagens principais serem simples, os secundários são muito bem caracterizados, o que não acontece normalmente em muitos mangás.
O trabalho da JBC merece elogios. Edição com papel bom, que valorizou a arte, além da belíssima capa fosca.
Green Blood é um quadrinho mediano, especialmente pelo roteiro. Mas quem sabe não abra as portas para que Rainbow, do mesmo autor, seja publicado em terras brasileiras?
Classificação
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