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GUERRA CIVIL # 5

1 dezembro 2007


Título: GUERRA CIVIL # 5 (Panini
Comics
) - Minissérie mensal em sete edições

Autores: Mark Millar (roteiro), Steve McNiven (desenhos), Dexter Vines (arte-final) e Morry Hollowell (cores).

Preço: R$ 3,90

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Novembro de 2007

Sinopse: Há uma grande movimentação na Guerra Civil da Marvel. Os dois lados se esforçam para aumentar o número de combatentes. A S.H.I.E.L.D. chega até mesmo a arregimentar secretamente os vilões para um novo grupo de Thunderbolts, ainda secreto.

Os legalistas ficam com os bandidos, mas a insurreição do Capitão América precisa decidir se aceita em seu exército o Justiceiro.

Há, ainda, as mudanças de lado, Homem-Aranha e Sue e Johnny Storm se decepcionaram com Tony Stark depois da morte de Golias e procuram o Capitão, enquanto heróis menores de associam ao Homem de Ferro..

Positivo/Negativo: Noves fora, Guerra Civil continua sendo uma minissérie em que Mark Millar brinca com os fetiches dos leitores da Marvel. A rigor, tudo que a trama mostra é uma fantasia construída a partir das possibilidades que o próprio Universo Marvel vem plantando ao longo dos anos.

É como se fosse um gigantesco What if..., série dedicada a aventuras que não são consideradas pela cronologia. Só que, desta vez, a coisa é pra valer. E, dentro do bem regrado universo ficcional da Marvel, isso quer dizer que a cada porrada que o Homem de Ferro dá no Capitão América afeta a já abalada relação entre eles.

Neste número, Millar chega a transformar os irmãos Storm em um casal (de cabelos pretos!) - não é difícil imaginar um leitor com um fetiche sórdido desse naipe. Mas não é só isso: também mostra um supergrupo de vilões em formação e faz com que Homem-Aranha e Homem de Ferro saiam na porrada.

O grande xis da questão é se os fetiches dos leitores conseguem render uma boa história quando aplicados na prática. E aí que depende.

Quando esses delírios de herói contra herói são levados a sério, o resultado é que muita gente se machuca - tanto física quanto emocionalmente. Vai ser duro acreditar que os dois lados vão voltar a ser amigos e que não ficarão rusgas de tudo isso.

O efeito imediato de Guerra Civil é que a essência dos heróis acaba sendo alterada. Tony Stark sempre foi retratado como um empresário de direita afeito ao governo norte-americano, mas tinha escrúpulos, dignidade e limites. Agora, está por trás de um massacre de heróis enquanto enriquece com seus contratos com a S.H.I.E.L.D. Dificilmente ele voltará a ser um sujeito bacana.

O problema de Guerra Civil não é a minissérie em si, que é bacana e realiza sonhos de fãs marmanjos, e sim o que fazer com o Universo Marvel após seu desfecho. Mas isso é problema para depois. Afinal, quando tem alguém a fim de realizar suas fantasias, o melhor é relaxar e gozar.

Classificação:

4,0

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