Cada vez mais a sensação de déjà vu em Guerra dos Reis se torna mais forte. As guerras galácticas entre krees, shiars e skrulls se amontoam no Universo Marvel de tempos em tempos e o núcleo espacial, que sofria relegado a um certo ostracismo, já esteve bem retratado recentemente em Aniquilação e Aniquilação II.

A estrutura de Guerra dos Reis, inclusive, é semelhante à de Aniquilação, com os roteiristas Dan Abnett e Andy Lanning coordenando o bom andamento da trama.

A Panini teve a boa sacada de colocar os principais tie-ins dentro da versão nacional da minissérie, procurando não dificultar a vida do leitor.

Para tapar buracos de histórias anteriores, como na HQ Pacificadores, a editora usou a solução de praxe: resumir os acontecimentos em um texto introdutório.

A trama ainda não empolga. Há uma guerra se aproximando entre Raio Negro e Vulcano, com o lado da justiça pendendo para o Inumano. Mas o conceito de batalha maniqueísta se dilui no contexto de que, na verdade, a luta dos Guardiões da Galáxia e de outros, como Alex Summers, é para evitar que o conflito se confirme e tome proporções catastróficas.

A trama mais interessante é a do Falcão de Aço, deixando claro que o personagem assume o papel que foi de Nova em Aniquilação. Entretanto, os roteiristas guardam um pequeno twist que deve surpreender o leitor. Mas não é nada muito fora do contexto dos super-heróis.